Mundo ficciónIniciar sesiónLucas Park
Senti a mão de Gadreel no meu ombro, pesada e tremendo. Sua respiração ao meu lado soava como uma ampulheta prestes a esvaziar. Quando a maca foi colocada dentro da ambulância, meu corpo começou a agir por instinto e medo.
— Por favor...preciso saber se essa pessoa é minha mulher — e as palavras saíram pequenas, quebradas.
As lágrimas vieram sem pedir licença. Quando foi que comecei a chorar? Quando minhas pernas passaram a tremer de um medo que nunca me pertenceu? Eu, que sempre mantive o pulso firme, senti o chão sumir debaixo dos pés.
Um dos paramédicos, com a gravidade do despacho que ninguém quer dar, olhou-me nos olhos e assentiu. Ele puxou o lençol. E naquele segundo o mundo inteiro desabou em câmera lenta: o rosto dela, coberto por ful







