Liam a encarou sem piscar, o maxilar rígido diante do atrevimento dela.
— Você está viajando. — respondeu ele, seco, mas a voz saiu mais rouca do que pretendia.
Ela deu um passo pra trás, sorrindo de lado.
— Esse teu comportamento é de quem tem sentimentos, Liam. Você me ama. — disse, quase num sussurro. — Só te aviso uma coisa: quando decidir aceitar o que sente, pode ser tarde demais. Porque eu não sou nada só para você. — Pegou fôlego, ajeitou o cabelo. — E quer saber de uma coisa? Pode ficar com meu celular. Eu vou tomar um banho. — Deu um meio sorriso provocante. — Beijo, marido. Bom trabalho pra você.
Ela atravessou o quarto e bateu a porta do banheiro com força.
O som ecoou pelo cômodo como um ponto final.
Liam ficou parado, respirando fundo, o olhar perdido. O peito subia e descia num ritmo descompassado. A raiva queimava, mas por trás dela, algo mais ardia, algo que ele não conseguia controlar.
Ele permaneceu imóvel por alguns segundos. O som da porta batendo ainda ecoava den