Miguel estendeu a mão para tocar o rosto dela, mas Clara afastou-se.
“Você tem todo o direito de duvidar de mim,” disse ele, sua voz falhando. “Mas eu te amo, Clara. Não estou aqui porque fui obrigado. Estou aqui porque quero estar.”
Ela ficou em silêncio, o coração dividido entre a dor e o desejo de acreditar nele.
O silêncio no carro era esmagador, mas a tensão entre os dois era palpável. Clara olhava pela janela, tentando esconder as lágrimas, enquanto Miguel observava-a, lutando contra suas próprias emoções.
“Clara,” disse ele finalmente, a voz rouca.
“Agora não, Miguel,” respondeu ela, secando os olhos com o vestido.
Mas Miguel não se conteve. Soltando o cinto de segurança, inclinou-se para ela, puxando-a pelo rosto. Seus olhos se encontraram, e a raiva que havia entre eles transformou-se em algo mais intenso, mais visceral.
“Eu vou provar pra você,” disse ele, a voz firme. “Que você é tudo o que importa pra mim.”
Antes que Clara pudesse responder, Miguel a beijou. Foi um beijo c