AMÉLIA
Tentei me levantar e fugir, mas ele foi mais rápido, agarrando meu braço com uma força que fez meus olhos lacrimejarem de dor.
— Por favor, Agenor, não! — supliquei, sabendo que era inútil.
— Você precisa aprender a me respeitar! — ele gritou, levantando o cinto.
O primeiro golpe foi um choque, a dor irradiando pela minha pele como fogo.
Gritei, mas ele não parou. Os golpes vieram um após o outro, cada um mais doloroso que o anterior. Tentei me proteger, encolhendo-me, mas ele continuava, a raiva cegando-o.
— Você nunca mais vai desobedecer! — ele rugia, cada palavra pontuada por um golpe. — Está ouvindo, sua vadiazinha?
Finalmente, ele parou, ofegante. Eu estava no chão, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, a pele ardendo onde o cinto havia me atingido.
A dor era insuportável, mas mais doloroso ainda era o sentimento de humilhação e impotência.
— Você vai aprender, Amélia. Se não for por bem, terá que ser por mal. — ele disse, jogando o cinto no chão antes de sair do quart