Capítulo 25
David Bellerose Neto
Depois de dias sem falar com ninguém e ignorando até as mensagens do meu pai, apenas vivendo o meu luto, ou talvez sobrevivendo seja a palavra mais correta, finalmente cedi à insistência do meu pai. Ele estava realmente preocupado não só com a minha mãe, mas com a Lavínia também. Disse que as duas tinham sumido, que minha mãe viajou às pressas para a Flórida sem explicar nada, e que tinha um mau pressentimento. Como elas chegariam no dia seguinte, ele pediu que eu viesse, dizendo que, fosse o que fosse, queria a família inteira reunida.
Eu só não imaginava que minha vida ia virar de cabeça pra baixo em questão de segundos.
Entrei pela porta, falando ainda com meu pai sobre um jogo qualquer, quando parei seco.
Minha mãe estava na sala, rosto cansado, mas o olhar... diferente.
E, ao lado dela…
Lavínia.
Com um bebê nos braços.
Um bebê.
Eu achei que estava vendo errado. Que tinha dormido mal. Que estava tendo uma alucinação causada por dias trancado no apa