Capítulo 17
Louise Brown
Pedi um Uber e segui para a cobertura de James, que não era muito longe do hospital. Minha entrada já era liberada, e subi pelo elevador privativo direto até o andar dele. O coração batia acelerado, como se previsse que algo ruim estivesse me esperando.
Assim que as portas se abriram, fui recebida por um barulho alto de coisas se quebrando, garrafas caindo, vidro estilhaçando. O eco vinha da sala principal. Meu peito se apertou. O que poderia ter acontecido de tão grave para deixá-lo assim? Antes de entrar, peguei o celular e enviei uma mensagem rápida para dona Anne, avisando que já estava com ele.
— James? — chamei com cautela. — O que houve?
Ele se virou devagar. Seus olhos, normalmente firmes e cheios de arrogância, estavam escuros, quase sombrios, como se escondessem um abismo dentro deles. Por um instante, tive a impressão de que ele estava prestes a perder o controle, a cometer uma loucura.
— O que faz aqui? — perguntou com a voz rouca, como se cada pal