Parecia que ela estava em um sonho, tentava abrir os olhos, mas estes se encontravam muito pesados para abrir. A cabeça parecia que iria explodir, lembrava que tinha bebido muito, então provavelmente estava de ressaca, e pior, não sabia onde estava. A constatação de que o colchão abaixo de si parecia diferente do seu, abriu os olhos de repente, saltando na cama e se sentando, se arrependeu de imediato, voltando a cair deitada. Tentou se localizar buscando na memória se conhecia o local que estava, observou que parecia ser um quarto masculino, quase tudo em preto, inclusive os lençóis que estava deitada, olhou o espelho acima de sua cabeça e corou ao se dar conta de que era um daqueles tipos de espelhos de motel.Puta merda! Ela estava num motel? Observou em volta e respirou aliviada quando não percebeu nenhum outro elemento de motel, mas o alívio durou pouco, pois apenas um pervertido colocava um espelho no teto do quarto. Puxou o lençol e olhou para seu corpo, vestido ainda nas suas
Continuou andando, mesmo sabendo que aquele homem a seguia de perto. Não podia acreditar que tinha passado uma noite num lugar tão promíscuo quanto aquele e pior com o homem mais indecente daquele local. Trancou os dentes com raiva quando se lembrou da mulher nua, miando como gato, esperando sua 'festinha'.— Ei, Cereja — ele chamou de perto agora, pegando pelo seu braço, antes que ela pudesse escapar.— Para de me chamar assim — esbravejou, puxando o braço.— Calma, cere… quer dizer gata! Eu fiz um café da manhã pra você — ela observou que ele estava sem camisa e usava uma calça larga preta. Pelo bom senso da moda, esse cara só usava roupas pretas? Talvez ele gostasse do contraste que aquilo dava a sua pele branca e totalmente tatuada. Lembrou da única tatuagem que ela tinha e sua face perdeu cor — Ei, o que foi? — ele pareceu preocupado.— Você é um cretino — gritou furiosa. Ele pareceu se assustar um momento, mas depois abriu um sorriso de lado, achando a situação engraçada.— Isso
— Sabe Cereja, eu comprei bolinhos de morango pra você, são seus preferidos, né? — o silêncio no carro foi cortado por aquela pergunta. Confusa, ela franziu a testa tentando imaginar de onde vinha aquela informação, nunca tinha falado sobre aquilo para ninguém. Muito menos para ele, afinal não tiveram uma conversa decente desde o início. Sua intenção era fazer birra e ficar quieta, mas aquela pergunta mexeu com seu lado fuxiqueira, suspirando pensou que era muito azar que ela tivesse encontrado um homem que sabia exatamente como arrancar tudo o que queria dela.— Uhum… como você… — sua voz era fraca, ainda estava com raiva e isso era um características irritante de sua personalidade, limpou a voz e tentou novamente — Como você sabe? — perguntou petulante, cruzando os braços em sua frente numa autodefesa, não queria se mostrar vulnerável, pois era exatamente assim que se sentia perto daquele homem. Ela sentia coisas que não deveria sentir.— Eu estava na Cakes & Cookies no dia que você
De repente ela se lembrou da primeira vez que vou Noah Ferraz…Era final de novembro e depois do primeiro ano na cidade, finalmente ela tinha sido convidada para uma festa. Agora ela percebia que era inevitável que fosse acontecer, embora as crianças não gostassem muito dela e ela não tivesse muitos amigos, a influência de seus pais com certeza era um chamariz para outros pais.~~~Flashback on~~~— Você tá tão lindinha, meu amor – suas bochechas coraram o raro elogio de seu pai.— Falei com a Érica, ela disse que o Leandro está ansioso para vê você na festa – a mãe brincou, era óbvio que todos sabiam que ela tinha uma quedinha pelo menino. Era coisa de criança, é claro! Ela tinha só 7 anos, não poderia ser diferente.No caminho até a casa de Leandro, ela se perguntava se enfim seria chamada para a festa do pijama nas festas das meninas. Todo mundo tinha sido chamado, menos ela. Mas agora que o menino mais popular tinha convidado ela para festa, ela conseguiria ter amigos! Finalmente.