HANNA—Droga, Daria quer que eu desça... Ela e ela a sogrinha inventaram de passar fotos minhas e do Gregory em um telão- Bufa. Era tudo que eu precisa escutar.— Vá na frente, Kelly. Eu já estou indo, Luiz, posso falar com você por um momento?—Nada disso, quero ficar e saber do plano... Eu sou nova no mundo dos vilões, tanho que práticar — Certo, mas sem objeções. - digo a ela. — Quero que faça o favor de trocar os pendrives quando descermos, e isso. - abro o computador e dou play. — Passe no telão—Tá, vou ser a parte racional... Você não pode passar um vídeo desse no telão e esperar que o Gregory e o Dimitri não investiguem, ninguém pode chegar até nós.— Que cheguem, Kelly. - dou de ombros. — Gregory não tem porque te culpar, a ideia foi minha e assumo qualquer culpa. E se Dimitri descobrir que fui eu, ele vai esconder do resto do conselho e dentro de casa, eu me resolvo com ele. E você - olho para Luiz — Não se preocupe com nada, vou fazer com que não desconfiem de você
HANNADo outro lado do salão, o olhar de Kelly não sai de mim.—Mas que brincadeira é essa?! - É a vez da estrela perguntar, furiosa.Andando até o computador, ela o desliga, encerrando a exibição do vídeo digno de um filme pornô. O fim das imagens não param os cochichos e nem os olhares horrorizados e debochados para ela.—Quem foi o responsável por isso? - A voz cortante de Dimitri ecoa pelo local todo.— Meu amor, se acalme. - toco em seu braço, tentando fazer com que ele se sente mas é inútil, nada seria capaz de o mover do lugar se ele não quisesse.— Com certeza foi você, não é? Sua vadia. - Seu dedo está apontado para mim.—Olha, senhora a unica vadia que tem aqui é a senhora. - Kelly me defende, falando por cima de todos.— Está louca, iVana? Mas que culpa eu posso ter por isso? - aponto para o telão em Branco. — A única culpada disso, é você mesma. - Desta vez sou eu a me levantar.—O que isso significa, Dimitri? - Diego Questiona.— E você, sua prostituta imoral, também está
HANNA— Também é doloroso para mim, Nádia. - Ele a responde frio, não parece sentir dor pela mãe, apenas vergonha pelo que ela o causou. Me pergunto se ele realmente ama sua mamãezinha, porque desde que cheguei aqui, nunca pareceram terem a melhor das relações, sequer uma onde o amor existe. — Ela não merece seu choro, sogrinha. - Kelly ampara Nádia, esfregando seus braços.— Essa prostituta é uma piranha que merece a morte. - Diego continua as ofensas, rasgando a blusa de Ivana e a jogando no chão novamente, seu rosto só não se choca com o piso porque suas mãos conseguem se espalmar a tempo. Uma pena...Ao meu lado, Dimitri puxa o ar paro os pulmões, olhando a mãe de cima como se ela fosse o mais desprezível dos vermes.— Acho que já é o suficiente. - Falo para Diego, me fazendo de piedosa.— O conselho está convocado para comparecer a sala de reuniões da sede amanhã. Qualquer falta resultará em punição. - Informa, Dimitri e os membros assentem rapidamente. — Antes, Diga a todo
DIMITRI CORRO ATÉ O PÉ DA ESCADA na velocidade da luz, olhando de relance para minha mãe, vejo que ela está no topo da escada, olhando para baixo com o nariz erguido a respiração acelerada. - Chamem uma ambulância! - Ordeno para os seguranças, minha voz passar embargada pela garganta não impede que ela saia forte como um trovão. - Hanna...Hanna...- Toco em seu rosto, em seu testa há sangue, o mesmo mancha minhas mãos me fazendo sentir o forte cheiro de ferrugem e sal. Balanço a cabeça em negativo diversas vezes, vendo seu belo rosto pálido e apagado. Não toco em seu corpo, evitando piorar as fraturas que eu sei que ela tem. O desespero toma conta de cada nervo meu, o medo corre por minhas veias como facas afiadas. Eu não posso perda-la. - Dimitri...- A voz falha da minha mE chega aos meus ouvidos, despertando o ódio mortal que minha mente afastou para dar lugar a preocupação.- Você fez isso com ela. - Não é uma pergunta, é uma afirmação que ela não é capaz de negar. Para mi
HANNADESLIGO A TV DO QUARTO de hospital quando ouço uma movimentação do lado de fora. Ao me arrumar, ou tentar, me arrumar na cama reclinável a dor em minhas costas me acerta como um nocaute. —Cadê ela? - Ouço a voz de Kelly.—Calma Kelly, ela não morreu. - A voz de Gregory a responde em um tom quase irônico, ela não pode me ver ontem pelo que Dimitri disse.— Ela já pode receber visitas, alem da família, vá vê-la. - Dimitri diz a ela e um segundo depois, vejo macaneta girar e Kelly passar pela morta, a qual Dimitri fecha em seguida, e avisa que vai com Gregory e Ivan até a cafeteira, eu assinto.Ficamos apenas eu e Kelly, nos encarando por um segundo em um silêncio desconfortável, seu olhar de pena sobre mim. —Ah, querida.... - Ela relaxa os ombros, soltando o ar dos pulmões e larga a bolsa em uma poltrona antes de vir me abraçar cuidadosamente, o que não evita a dor quando afasto minhas costas da cama levemente.— Maldita Ivana. - Franzo o rosto de dor.— Você está bem? É
HANNA— Você tentou, meu amor. Mas ela é sua mãe e vou a perdoou naquela vez, não posso te julgar por isso mesmo que tenha me feito tão mal...- deixo o olhar perdido. — Eu só quero que ela pague por isso, Dimitri...— Me diga o que acha que ela merece e essa será a punição.— A morte, Dimitri. Só a morte...- falo transtornada. — Ela tirou uma vida se mim, de nós, e com isso que ela tem que pagar.— Ela não passará de amanhã. - me garante segure, a voz grave e fria. Eu assinto rapidamente com a cabeça e abro os braços para recebê-lo em meu abraço, deitando minha cabeça em seu ombro, eu sorrio.25/08 18:45PM, Moscou—Acho que isso não está me fazendo bem. - Kelly suspira, massageando suas temporas com a cabeça baixa, seu cotovelo apoiado no braço da poltrona. Balanço a cabeça em negativo vendo seu estado.— Está aqui há horas, acho melhor você descansar. Vá tomar um café na cantina, vou ficar bem...- olho ao redor com desdém. Este lugar é extremamente sufocante, odeio o excesso de branc
DIMITRI COLOCO A BALA DENTRO do cano, procurando dentro de mim todo ódio que senti há poucos dias atrás, não é difícil recuperar o sentimento. Só preciso mantê-lo para terminar isso, o mesmo ódio que senti quando deixei que espancassem a mulher que me colocou no mundo e me criou. —Faça isso por mim, meu amor. Pelo nosso filho. - Me Encoraja, deixando um beijo em minha bochecha. Meu braço ainda estendido a minha frente, e minha mãe na mira da arma. Sua boca tampada por uma fita que não consegue abafar os sons de sua garganta. É a segunda vida que tirarei nessa sala por Hanna, e não vai ser última. Ela está em pé na parede, amarrada nas Barras. Seu olhar de desespero perturbada minha cabeça e sei que não sairá dela tão cedo. — E quando ela estiver morta, vamos nos recuperar do trauma, e depois formar uma família completa. Vou dar a você em triplo o que uma vez ela tirou.Dou um passo a frente e Hanna me acompanha.—Adeus. Ivana. - Ela diz lentamente antes que o tiro atinja certeiram
30/8 16:29PM, MoscouABRAÇO HANNA PELA CINTURA, os óculos escuros que ela usa não deixando transparecer seus sentimentos pelos olhos, mas espero que por trás das lentes, eles vejam a cena com satisfação, como justiça pelo que dela foi tirado. De nós. É o que realmente interessa mim, mais ainda a partir de agora, mantê-la satisfeita e feliz, um de nós tem que estar plenamente satisfeito por isso e que este seja ela, porque desde que disparei aquela arma, soube que este não poderia ser eu. O ódio incontrolável que corria por minhas veias não me permitiu ver o que viria depois da morte da minha mãe, a culpa. Ela mereceu. É o meu mantra, mas também está se tornando um método de alívio falho.Encaramos a descida do caixão.O único choro compulsivo que se ouve no local é o de Daria e Nádia, abraçadas.É lamentável que tenha que ter sido desse jeito. E espero que meu pai me perdoe se ele estiver em algum lugar, certamente seu desejo não era que poucos meses depois de sua partida, minha mãe o