HANNADo outro lado do salão, o olhar de Kelly não sai de mim.—Mas que brincadeira é essa?! - É a vez da estrela perguntar, furiosa.Andando até o computador, ela o desliga, encerrando a exibição do vídeo digno de um filme pornô. O fim das imagens não param os cochichos e nem os olhares horrorizados e debochados para ela.—Quem foi o responsável por isso? - A voz cortante de Dimitri ecoa pelo local todo.— Meu amor, se acalme. - toco em seu braço, tentando fazer com que ele se sente mas é inútil, nada seria capaz de o mover do lugar se ele não quisesse.— Com certeza foi você, não é? Sua vadia. - Seu dedo está apontado para mim.—Olha, senhora a unica vadia que tem aqui é a senhora. - Kelly me defende, falando por cima de todos.— Está louca, iVana? Mas que culpa eu posso ter por isso? - aponto para o telão em Branco. — A única culpada disso, é você mesma. - Desta vez sou eu a me levantar.—O que isso significa, Dimitri? - Diego Questiona.— E você, sua prostituta imoral, também está
HANNA— Também é doloroso para mim, Nádia. - Ele a responde frio, não parece sentir dor pela mãe, apenas vergonha pelo que ela o causou. Me pergunto se ele realmente ama sua mamãezinha, porque desde que cheguei aqui, nunca pareceram terem a melhor das relações, sequer uma onde o amor existe. — Ela não merece seu choro, sogrinha. - Kelly ampara Nádia, esfregando seus braços.— Essa prostituta é uma piranha que merece a morte. - Diego continua as ofensas, rasgando a blusa de Ivana e a jogando no chão novamente, seu rosto só não se choca com o piso porque suas mãos conseguem se espalmar a tempo. Uma pena...Ao meu lado, Dimitri puxa o ar paro os pulmões, olhando a mãe de cima como se ela fosse o mais desprezível dos vermes.— Acho que já é o suficiente. - Falo para Diego, me fazendo de piedosa.— O conselho está convocado para comparecer a sala de reuniões da sede amanhã. Qualquer falta resultará em punição. - Informa, Dimitri e os membros assentem rapidamente. — Antes, Diga a todo
DIMITRI CORRO ATÉ O PÉ DA ESCADA na velocidade da luz, olhando de relance para minha mãe, vejo que ela está no topo da escada, olhando para baixo com o nariz erguido a respiração acelerada. - Chamem uma ambulância! - Ordeno para os seguranças, minha voz passar embargada pela garganta não impede que ela saia forte como um trovão. - Hanna...Hanna...- Toco em seu rosto, em seu testa há sangue, o mesmo mancha minhas mãos me fazendo sentir o forte cheiro de ferrugem e sal. Balanço a cabeça em negativo diversas vezes, vendo seu belo rosto pálido e apagado. Não toco em seu corpo, evitando piorar as fraturas que eu sei que ela tem. O desespero toma conta de cada nervo meu, o medo corre por minhas veias como facas afiadas. Eu não posso perda-la. - Dimitri...- A voz falha da minha mE chega aos meus ouvidos, despertando o ódio mortal que minha mente afastou para dar lugar a preocupação.- Você fez isso com ela. - Não é uma pergunta, é uma afirmação que ela não é capaz de negar. Para mi
HANNADESLIGO A TV DO QUARTO de hospital quando ouço uma movimentação do lado de fora. Ao me arrumar, ou tentar, me arrumar na cama reclinável a dor em minhas costas me acerta como um nocaute. —Cadê ela? - Ouço a voz de Kelly.—Calma Kelly, ela não morreu. - A voz de Gregory a responde em um tom quase irônico, ela não pode me ver ontem pelo que Dimitri disse.— Ela já pode receber visitas, alem da família, vá vê-la. - Dimitri diz a ela e um segundo depois, vejo macaneta girar e Kelly passar pela morta, a qual Dimitri fecha em seguida, e avisa que vai com Gregory e Ivan até a cafeteira, eu assinto.Ficamos apenas eu e Kelly, nos encarando por um segundo em um silêncio desconfortável, seu olhar de pena sobre mim. —Ah, querida.... - Ela relaxa os ombros, soltando o ar dos pulmões e larga a bolsa em uma poltrona antes de vir me abraçar cuidadosamente, o que não evita a dor quando afasto minhas costas da cama levemente.— Maldita Ivana. - Franzo o rosto de dor.— Você está bem? É
HANNA— Você tentou, meu amor. Mas ela é sua mãe e vou a perdoou naquela vez, não posso te julgar por isso mesmo que tenha me feito tão mal...- deixo o olhar perdido. — Eu só quero que ela pague por isso, Dimitri...— Me diga o que acha que ela merece e essa será a punição.— A morte, Dimitri. Só a morte...- falo transtornada. — Ela tirou uma vida se mim, de nós, e com isso que ela tem que pagar.— Ela não passará de amanhã. - me garante segure, a voz grave e fria. Eu assinto rapidamente com a cabeça e abro os braços para recebê-lo em meu abraço, deitando minha cabeça em seu ombro, eu sorrio.25/08 18:45PM, Moscou—Acho que isso não está me fazendo bem. - Kelly suspira, massageando suas temporas com a cabeça baixa, seu cotovelo apoiado no braço da poltrona. Balanço a cabeça em negativo vendo seu estado.— Está aqui há horas, acho melhor você descansar. Vá tomar um café na cantina, vou ficar bem...- olho ao redor com desdém. Este lugar é extremamente sufocante, odeio o excesso de branc
DIMITRI COLOCO A BALA DENTRO do cano, procurando dentro de mim todo ódio que senti há poucos dias atrás, não é difícil recuperar o sentimento. Só preciso mantê-lo para terminar isso, o mesmo ódio que senti quando deixei que espancassem a mulher que me colocou no mundo e me criou. —Faça isso por mim, meu amor. Pelo nosso filho. - Me Encoraja, deixando um beijo em minha bochecha. Meu braço ainda estendido a minha frente, e minha mãe na mira da arma. Sua boca tampada por uma fita que não consegue abafar os sons de sua garganta. É a segunda vida que tirarei nessa sala por Hanna, e não vai ser última. Ela está em pé na parede, amarrada nas Barras. Seu olhar de desespero perturbada minha cabeça e sei que não sairá dela tão cedo. — E quando ela estiver morta, vamos nos recuperar do trauma, e depois formar uma família completa. Vou dar a você em triplo o que uma vez ela tirou.Dou um passo a frente e Hanna me acompanha.—Adeus. Ivana. - Ela diz lentamente antes que o tiro atinja certeiram
30/8 16:29PM, MoscouABRAÇO HANNA PELA CINTURA, os óculos escuros que ela usa não deixando transparecer seus sentimentos pelos olhos, mas espero que por trás das lentes, eles vejam a cena com satisfação, como justiça pelo que dela foi tirado. De nós. É o que realmente interessa mim, mais ainda a partir de agora, mantê-la satisfeita e feliz, um de nós tem que estar plenamente satisfeito por isso e que este seja ela, porque desde que disparei aquela arma, soube que este não poderia ser eu. O ódio incontrolável que corria por minhas veias não me permitiu ver o que viria depois da morte da minha mãe, a culpa. Ela mereceu. É o meu mantra, mas também está se tornando um método de alívio falho.Encaramos a descida do caixão.O único choro compulsivo que se ouve no local é o de Daria e Nádia, abraçadas.É lamentável que tenha que ter sido desse jeito. E espero que meu pai me perdoe se ele estiver em algum lugar, certamente seu desejo não era que poucos meses depois de sua partida, minha mãe o
HANNAPARO COM O CABIDE NA MÃO, quando ouço do closet a porta do quarto ser aberta. — Hanna... - Sorrio minimamente, revirando os olhos ao ouvir o cantarolar de Kelly.— Estou aqui. - Saio do closet com o cabide na mão, onde está pendurado meu vestido vermelho.— Eu tenho uma coisa para te contar... - Cantarola mais uma vez, os ombros encolhidos.— É ruim? - Pergunto enquanto paro em frente ao espelho, ainda de langerie para me vestir.— Vim te avisar, que você tem que abaixar para passar nas portas por que sua linda cabecinha loira está sendo enfeitada...— Como? - Pergunto, fechando o zíper do vestido. — O que o Dimitri fez? - falo entre dentes ao virar rapidamente.— É isso que dar ter um monte de homens... você não sabe qual o cretino está te passando a perna. Mas no seu caso não é o Dimitri e sim o ruivinho lindo que fala espanhol.— Seja clara, Kelly. - Ordeno, já irritada.— A prima do Dimitri se mostrou bem interessada nele e ele correspondeu, então agora eles acabaram de s