HANNA
CRUZO OS BRAÇOS AO CHEGAR na catedral. No centro do altar há uma imagem de Jesus Cristo em uma cruz, alguns desenhos no teto de vidro pintado, a arquitetura gótica é linda, já que sou uma admiradora da mesma, mas não sou uma mulher religiosa, sequer das que frequentam a igreja regularmente.
O padre aparece no meu campo de vista, colocando um sorriso no rosto, ele arruma os óculos e a gola da batina.
– Bom dia, filha.
– Bom dia, Padre.
– Veio para se confessar? - Ele faz menção em se mover, acredito que para me levar até o confessionário, mas eu ergo a mão para pará-lo, e ele o faz. Se eu fosse confessar todos os meus pecados a este senhor, ele morreria.
– Eu não sou de me confessar. - suspiro em descaso. – Eu vim marcar uma data para meu casamento. - Meu tom é quase infeliz, mas eu estou tentando conter isso.
– Ah, claro. Isso é uma benção. - ele olha para os céus, o que me faz franzir o nariz e dar uma leve revirada de olhos. – Vou pegar uma caderneta onde anoto as datas e ver