Fernando fechou os olhos por um instante, sentindo o mundo inteiro se acalmar com aquelas palavras. Não precisava de mais nada. O que ele mais queria, ela havia acabado de lhe dar: uma chance.
Ele segurou o rosto de Isadora com as duas mãos, com a delicadeza de quem segura algo sagrado.
— Obrigada. — ele disse, com a voz rouca pela emoção. — Você não tem ideia do quanto isso significa pra mim.
Ela sorriu, pequeno, tímido. Um sorriso real. Que não vinha da obrigação, nem da educação — mas da alma. Era o primeiro em muito tempo que realmente nascia dela.
Fernando se aproximou devagar e a abraçou de novo, agora com calma, com o tipo de abraço que diz "estou aqui", "fica", "descansa em mim". E Isadora… ficou. Encostou o rosto no peito dele e escutou o coração dele bater. Firme. Constante. Forte como ela precisava.
Ficaram assim por longos minutos. Sem pressa.
Quando finalmente se afastaram, Fernando limpou uma lágrima que ainda escorria pela bochecha dela e disse:
— Vamos construir essa vi