O padre, um senhor italiano de fala serena, recebeu a família com carinho. Após as orações iniciais, ele olhou para Esperança com ternura e disse:
— “Esta menina é fruto de um amor protegido por Deus, mesmo em tempos de guerra. Que ela cresça na paz que vocês construíram.”
Ao ser colocada sobre a pia batismal, Esperança abriu os olhos, olhou para o teto e, mesmo sem compreender, parecia estar em paz. Quando a água batismal tocou sua testa, ela não chorou. Sorriu. Simplesmente sorriu.
O coral cantava “Glória, glória” enquanto todos aplaudiam emocionados.
Após a unção com o óleo sagrado, o padre chamou os padrinhos ao altar. Isadora então tirou de uma caixinha o colar com as cinco bonequinhas cravejadas em diamante e entregou a Cecília, junto com uma carta escrita à mão, cheia de emoção.
Cecília leu em silêncio, e com lágrimas nos olhos, abraçou Isadora forte. Fellipo, com sua habitual postura contida, pegou a bebê no colo e fez o sinal da cruz sobre sua testa.
— “Serei o primeiro a mat