SAVANNAH
Assim que desci do carro, minhas pernas estavam tão fracas que achei que fosse tropeçar na calçada. O letreiro azul da farmácia parecia me encarar como se soubesse exatamente o que eu tinha vindo fazer ali. Harper caminhava à minha frente com passos decididos, enquanto eu me arrastava atrás dela como quem vai para a guilhotina.
Entramos, e o som do ar-condicionado gelado bateu no meu rosto. Harper não perdeu tempo: foi direto para a prateleira de testes de gravidez.
E começou a pegar.
E pegar.
E pegar.
Eu arregalei os olhos quando ela encheu os braços com pelo menos… seis caixas?
— Harper! — exclamei, em choque. — Mas pra quê tudo isso?
Ela me olhou como se fosse óbvio.
— Para termos certeza absoluta, né? — respondeu, depositando mais duas caixas no carrinho. — E você conhece esses testes… uns falham, outros são lentos… melhor garantir.
— Mas isso… isso é exagero, não?
— Não. Exagero é você achar que eu vou deixar um resultado duvidoso estragar o seu dia.
Ela piscou para mim.