RYDER
Saio do apartamento de Harper furioso, a cabeça a latejar e o coração aos saltos no peito. Mal vejo por onde vou, só quero afastar-me dali, fugir daquele olhar de Savannah que me queimou mais do que qualquer palavra. Nem dou conta do que está à minha volta quando, de repente, choco com alguém no corredor. O impacto é seco, ombro contra ombro, e só quando ouço a voz do meu irmão percebo o que aconteceu.
— Eh pá, Ryder! — Hunter quase deixa cair o copo take away de café. — Que raio se passa contigo?
Não respondo, nem olho para trás. Sigo em frente, determinado, até ao jipe que trouxe com o meu irmão. Ouço-o a comentar com Harper, lá atrás:
— Vou resolver isto.
Já estou a destrancar a porta do jipe quando o oiço chamar-me:
— Ryder! Espera aí.
Paro, mas não me viro logo. Sinto o Hunter aproximar-se, o olhar dele cravado nas minhas costas.
— O que aconteceu lá em cima? — pergunta, a voz baixa mas firme.
Respiro fundo, a raiva ainda a borbulhar-me nas veias.
— Savannah está irredutível