Ava é levada por Loganà força. Eleé um homem frio e sem escrúpulos. É um mafioso que não mede esforços para conseguir o que quer. Ela é uma médica queé levada e forçada a fazer uma cirurgia no pai dele. Os dois se odeiam, mas, no meio disso tudo, um desejo toma ambos de uma forma única. Quando Logan vêo seu pai ferido, a única coisa que pensa é em salvar a vida dele, porém precisa fazer algo que pode prejudicar a todos. Sem pensar nas consequências, ele caça e leva uma mulher teimosa e muito atraente para a forçar a salvar a vida do seu pai. Ava não é mulher de ficar laçada, e isso podeprejudicá-la. Confrontar o mafioso é perigoso, mas ela não pensa nisso. Com a promessa de ser libertada após o seu trabalho, faz o que Logan pediu. O que Ava não esperava era que ele estava mentindo e que ela nunca se livraria dele. Obcecado pela médica, Logan a obriga a se casar com ele.Sem poder recusar, Ava acaba aceitando, porém promete odiá-lo para sempre.O problema é a paixão que surge no meio do caminho, e ela não pode resistir a isso.
Ler maisAva
Minha vida mudou completamente quando eu, uma simples cirurgiã, fui cercada por dois carros pretos, em uma rua pouco movimentada. Senti como se meu sangue tivesse se transformado em gelo. Eram carros duvidosos; um na frente e outro atrás do meu. Eu não tinha para onde correr, e nem sabia se conseguiria. Minhas mãos suaram e o meu coração quase parou de funcionar quando vi os estranhos vindo em minha direção. Fiquei petrificada. Meus olhos estavam arregalados e eu rezei para que aquilo, no mínimo, fosse um engano ou um pesadelo. Eu tinha passado por um plantão, e o sono me fazia ficar estressada, mas confesso que, naquele momento, não consegui reagir. Vi um homem de cabelos pretos, óculos escuros e roupas pretas. Sua camisa, de mangas dobradas até a metade, tinha alguns botões abertos, expondo suas tatuagens, que, provavelmente, não paravam por ali. Eu podia imaginar que ele tinha o corpo coberto por tatuagens. Sua pele era clara, por isso ele se destacava tanto, e também era sensual. Quando o homem, com cara de poucos amigos, dirigiu-se até mim e encostou um dos braços sobre a porta do meu carro, que tinha os vidros abaixados, eu senti um frio na espinha e o encarei. Notei que ele estava ofegante e só o ouvi dizer: — Doutora Steven. — O som que saiu da sua boca me fez engolir em seco. Era impossível não o encarar. E me martirizei por achar aquele sujeito bonito. Bem, bonito era pouco. Ele tinha aquela cara de cafajeste que destruía a vida de uma mulher. Infelizmente, esse era o meu tipo. Só que, naquele instante, eu não podia ser a maluca que saía com qualquer um, pois a situação ali era outra. — Sabe o meu nome? — Eu ri de nervoso. — Me desculpa, mas... estão atrapalhando a passagem. — Não era como se ele não soubesse disso. Sem tirar os olhos de mim, ele abaixou os óculos escuros. Foi aí que percebi que os seus olhos eram verdes. Um verde intenso. Ele era muito lindo, com cabelos lisos, tendo alguns fios mais longos sobre a testa, e com uma barba bonita e bem definida, assim como o seu maxilar. Acho que passei muito tempo o encarando, ou o admirando, pois ele deu um sorriso sexy e falou: — Não vim até aqui para ficar de papo. — Então, o que deseja? — Fiquei confusa. Sem a minha autorização, ele apenas abriu a porta do meu carro, deixando-me com os olhos arregalados novamente. Sua presença imponente quase tirava o ar dos meus pulmões. Eu acreditava que aquilo fosse um sonho e que, provavelmente, em vez de ir para casa, acabei me deitando em algum beliche, em um quarto particular do hospital. Eu supus também que ainda estava com as mesmas roupas, depois de sair de uma cirurgia, como já tinha acontecido diversas vezes, e pensei que nunca havia tido um sonho tão doido quanto esse. Apenas ri novamente, nervosa, achando que tudo era uma piada. Falei em voz alta para mim mesma: — Acho que está na hora de acordar. — Olhei para o volante em minha frente. — Sei que está cansada, as 32 horas foram demais. Acredite, eu sei, mas... é melhor voltar para casa e... Novamente, fui surpreendida pela ação do desconhecido, que pegou em meu braço e me puxou para fora do veículo. Foi aí que percebi que não era um sonho. Sonhos não são tão realistas e não reproduziriam a força que aquele homem pôs em meu braço ao me puxar. Ele me firmou para que eu não caísse do carro e, segurando em meus dois braços, deixou-nos frente a frente. Eu estava em silêncio, como se minha língua estivesse dormente na boca, e o olhei. Estando com o coração na mão, engoli em seco e vi que a expressão dele tinha mudado totalmente: ele estava meio que paciente, só que parecia bem irritado. E a culpa era minha. A culpa sempre era minha. Eu falava demais, e falava muitas besteiras. Não sei como consegui chegar até ali sem que me desse mal. Contudo, parecia que o mundo tinha resolvido me punir daquela vez. — Está na hora de calar a boca — ele falou, rude, puxando-me para o veículo escuro que estava em nossa frente. — Espera. O que está acontecendo? — protestei. Minha ficha estava caindo, porém eu não conseguia digerir a situação. — O que foi que eu fiz? — Cale a boca. — Comecei a me debater, desesperada. — Olha aqui, doutora... — Ele me colocou contra o carro, tirou os óculos e me olhou nos olhos. Com a surpresa, apenas me calei, com medo de ele me machucar. — Você tem um trabalho, e vai fazê-lo calada, ou irá se arrepender. — Não o conheço e nem sei por que está fazendo isso, mas devo alertá-lo de que não fico calada. — O verde dos seus olhos ficou vermelho e eu expliquei. — É natural, tenho a língua solta. — Então, costure-a na boca, ou vai se arrepender. — Sendo assim, ele me largou, abriu a porta e me fez entrar no veículo. Naquele momento, o meu desespero bateu e eu senti a necessidade de gritar, no entanto, não havia ninguém por perto.Para começar o dia mostrando que estava em harmonia, descemos juntos para o café. Jared e a sua esposa já estavam comendo e Samantha chegou um pouco depois de nós. O clima estava estranho, assim como depois que o idiota do tio deles fez piadas e perguntas que não interessava a ele. O desejo de mata-lo aumentou quando encarei a faca de serra que estava sobre a mesa, mas Enrico soube levar essa situação de uma forma surpreendente. - Acho melhor mudarmos de assunto, pois nossa relação só desrespeito a nós, Jared. – Falou ele firme e desprendido de sentimentos.Vi como seu tio ficou surpreso com a sua atitude e um pouco de orgulho brotou em meu peito. Estávamos tentando dar a Enrico o poder que Jared estava o tirando e aos poucos ele mesmo via que devia ser mais duro e rígido quanto ao homem mais velho.Mesmo sendo o tio e o subchefe, Enrico era o dom, chefe dos chefes, e quem lhe deu esse poder foi seu pai, que agora estava morto.O resto do café foi em silencio, o que me deixou d
Tenho que gradecer ao meu sono pesado. Dormi como um anjo, claro, depois de sentir a estranha presença do corpo sarado do meu marido e não poder fazer nada.Acredito que meu cérebro estava confuso e quase parando de funcionar, pois de um lado estava a parte racional que dizia que Enrico era apenas o meu marido por conveniência e que minha verdadeira missão aqui era ajudá-lo a se livrar de Jared, o homem que quase conseguiu desmontar a minha família, e do outro lado estava a parte que esquecia quem ele era e o que estava fazendo aqui só para aproveitar o momento e o atacar.Meu marido era totalmente o meu tipo de homem, aquele tipo que sei que fará um estrago em mim. No passado, eu tentei ser desprendida do romance juvenil, mas fui enganada pelo meu próprio coração. Rafaelle era um meio para um fim, mas em um certo momento me vi suspirando pelo homem calculista e frio.Era obvio que nós dois só estávamos usando o momento para nos divertir, e o perigo de ser pegos pelos meus irmãos f
Não posso mentir dizendo que não me importava com o fim da festa falsa de casamento e a primeira noite que passaria no mesmo quarto com Enrico.Não sou a garota puritana que todos esperam. Já fiz loucuras nas quais meus irmãos não faziam ideia e meu mais novo marido não era tão idiota em relação a mulheres, ele sabia que sua esposa não era a típica mulher submissa, tímida, amedrontada e virgem, como todos esperavam que fosse a escolhida para ser uma esposa de um dom. Essa mansão era belíssima, com piso marmorizado branco, paredes claras com detalhes lindos, cortinas chiques e tudo mais que uma casa de milionário pode ter. Na atualidade, os mafiosos não tinham vergonha nem medo de esbanjar o luxo. Muitos mostravam uma vida rica e vulgar, tinham empreendimentos milionários para lavar dinheiro e tudo mais. Os Bianchi não eram uma exceção.Hotéis, boates, restaurantes e muitas outras empresas faziam parte da família, por isso a maioria das pessoas e do país, podiam até desconfiar do
Era uma piada para mim e para a máfia estar usando branco e entrando em uma igreja, como se fossemos pessoas de boa fé e morais, mas ironicamente, os antiquados preservam pela imagem e tinham muita fé.Nem pareciam que priorizavam aquilo que mais os religiosos detestavam, a luxuria. Todos presentes nessa igreja eram assassinos, tinham rios de dinheiro que eram frutos de tráfico de drogas e outras porcarias e família para eles eram o que chamavam de negócios. A real “família” ficava e segundo plano, negociavam suas próprias filhas e treinavam os homens para serem tão cruéis quanto eles, mas mesmo assim, exigem que nós, mulheres, sejam puras e comportadas, que vestíssemos branco com véu e grinalda, que nos vestíssemos com decência e que nunca levantássemos a voz mais que os homens. Eu não era assim, e Enrico sabia disso, mas deixaria toda a minha personalidade de lado, para derrubar um inimigo. Eu estava prestes a entrar pela porta da igreja, linda e majestosa, com o vestido tradicio
Quando eu sonhava com o meu casamento eu não me imaginava fazendo isso por dever, mas lá no fundo eu sabia que quando isso acontecesse não seria por amor, seria uma ilusão sonhar com algo tão bom sendo de uma família tão controversa.Durante a minha adolescência, na escola de freiras, fui a aluna rebelde que nunca gostava de seguir as regras rígidas e clichês das mulheres que diziam amar Deus. Eu não sou tão fanática, mas acredito na palavra, o difícil era aceitar que Deus me colocou em uma família e vida tão errada para ser a mulher recatada que eu estava sendo criada para ser.Pensando bem, não sei se ele escolheria colocar qualquer um de nós em um negócio tão sujo quanto esse, mas por incrível que pareça, até os mafiosos eram crentes e isso passava do irônico ao questionamento.A verdade era que meu pai tentou a todo custo me prometer a um dos capos, ou filhos deles, quando ainda era vido e eu desejei muito a sua morte, até que ele se foi, levando minha mãe e passei o resto dos
Por alguns minutos o silencio novamente nos tomou. Enrico estava pensativo e ainda sem dizer uma palavra, seu olhar foi desviado para algo atrás de mim. O barulho do automóvel chamou minha atenção e vi que eram os meus irmãos.- Acho que pode estar certa. – Falou depois de respirar fundo. Novamente desviei minha atenção para ele e seu olhar frio me tomou. – Quero finalmente ser o líder, sem depender de Jared. Provavelmente ele está usando tudo o que aconteceu em Drakoy, que foi apoiado por ele mesmo, para tirar o meu poder sobre a minha casa e família. Não sou idiota, Gabriela, o que disse me chateou pelo fato de que ouras pessoas também percebem o quanto sou fraco.- Não acho que seja fraqueza, é mais como um complô para que esteja sozinho nessa. - Que seja. – Esperar que ele fale alguma coisa me perturba. Geralmente gosto de saber tudo sobre tudo, e olha-lo nos olhos e perceber que pensa em algo, mas não confia em mim para dizer, me incomoda. – Meu pai, querendo ou não, confiava
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