Capítulo 116
Riley Black
Eu escutava a respiração dele perto da minha orelha, cadenciada, segura. Fiquei pensando em como coisas simples podem mudar tanto nossa vida.
Quando voltamos para a areia, ele me enrolou na toalha. Não é do tipo amoroso, mas sempre foi cuidadoso comigo.
Seu olhar descia para a minha barriga e ganhava aquela sombra de ternura que não combina com o rosto de um homem acostumado a dar ordens. Ele tocou.
Depois olhou para o mar para não olhar para mim. — Mas eu percebi que estava tentando se aproximar.
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No fim da manhã, fomos até Willemstad. As casas coloridas da Punda pareciam cenário de filme. Luca andava comigo pela rua como se aquele lugar fosse nosso, a mão dele na minha cintura marcando que eu estava em território seguro, embora seu rosto sério assustasse quem nos olhava.
A ponte flutuante, Queen Emma, abriu de repente e foi deslizando para o lado; eu ri, surpresa, e ele riu junto — um riso raro, que não vinha dos lábios, mas de um