Capítulo 93
Luca Black
Riley entrou no quarto para ver a irmã. Eu fiquei no corredor, encostado na parede, observando quando ela saiu alguns minutos depois. O rosto dela estava sério, mais do que eu esperava. Não houve lágrimas, não houve desespero. Só aquela expressão dura, como quem guarda para si a tempestade.
— Vou levar a Emma de volta pra casa — falei, firme. — Lá vai estar mais segura.
Riley assentiu, apertando a pasta contra o peito.
— Obrigada. — disse, seca, antes de se afastar.
Agradeceu, mas eu vi nos olhos dela: estava na dela, mergulhada em pensamentos que não dividia comigo.
Fizemos o caminho de volta em silêncio. Emma seguiu conosco, apoiada no braço de um dos homens. O trajeto inteiro foi pesado, cada um preso à própria cabeça.
Quando chegamos, Riley ajudou a irmã a se acomodar no quarto de hóspedes, atenta a cada detalhe: travesseiro, coberta, copo d’água ao lado. Depois, sem olhar para mim, seguiu direto para o novo escritório. Sabia o que aquilo significava — ela i