SEUL — Manhã seguinte
— Bom dia, querido.
— Bom dia, esposa — respondeu Romeu, ainda sonolento.
Batidas discretas ecoaram na porta.
— Romeu, filho — chamou uma voz familiar. Era a tia.
— O que deseja, titia? — perguntou ele, aproximando-se da porta.
— Há uma pessoa no salão à sua espera.
— Jhonatan está com ele?
— Sim, e com alguns homens.
— Tudo bem. Peça que os levem até o café ao lado do hotel. Vamos até eles em breve.
Fiquei sozinha por alguns instantes, ansiosa. Enquanto me olhava no espelho, com os cabelos ainda desgrenhados, pensava em como seria essa reunião com os tais representantes da ANVIS — Anexo Nacional de Vendas Internacionais. Romeu estava inquieto. Eu apenas o observava, parada, imersa em pensamentos.
Penteei os cabelos, indecisa entre deixá-los soltos ou prender. Romeu me lançou um olhar terno e sorriu de canto.
— Se apresse, Anny. Todos estão nos esperando.
— E você, Romeu? Qual roupa vai vestir?
— Qualquer uma. Você ficará linda de qualquer jeito.
— Obrigada, amor.