Não quero que arrisque seu lindo pescocinho lá fora. Entendeu?
Tento controlar a raiva que suas palavras provocam. Respiro fundo, dominando melhor minhas emoções, e seguro seu olhar, determinada.
─ Bem, então você entende que eu não estou ficando por escolha própria, não é?
Ele arqueia uma sobrancelha e rebate, carrancudo:
─ Sim, perfeitamente.
Por um instante, não sei o que sinto. Uma parte de mim se sente vitoriosa, como se tudo estivesse conspirando contra ele. Mas outra parte, maior, está à beira do pânico. Ficar mais tempo nesta casa, com ele, parece perigosamente arriscado para minha sanidade.
Estendo a mão, buscando neutralizar a tensão:
─ Uma trégua?
Okan olha para minha mão estendida e, em vez de aceitar o gesto, sorri. Não um sorriso amistoso, mas um predador prestes a capturar sua presa.
─ Trégua?
─ Sim. ─ Minha voz soa mais firme do que eu esperava. ─ Agora que sabe que eu não posso ir embora, não precisa usar esse... esse artifício de me seduzir para me forçar a sair daq