Por um breve instante, a felicidade parecia, enfim, ter se instalado em minha vida. Os dias eram serenos, quase etéreos. A brisa da manhã que atravessava as cortinas do quarto parecia mais leve, o som da risada dos meus irmãos se espalhava pela casa como música, e o aroma de café fresco, vindo da cozinha, me lembrava que finalmente existia paz. Paz de verdade.
Castiel se dedicava com afinco aos meninos, como se quisesse neles semear tudo o que aprendera ao longo da vida - disciplina, sabedoria e honra. Era bonito vê-lo ensinando com paciência, usando o amor como ferramenta e os negócios da família como horizonte. Ele dizia que os gêmeos um dia tomariam as rédeas de tudo. E eles, com o peito inflado, o olhavam como se fosse um herói. Talvez fosse mesmo.
O pedido de casamento veio como um selo dourado sobre essa nova fase. No início, confesso que hesitei. Não por falta de amor, mas por medo - medo de estarmos indo rápido demais, medo de que ele, em algum momento, percebesse que não me a