Capítulo 11
Theresa virou-se na cama, enterrando o rosto no travesseiro. Cada detalhe do jantar repassava em sua mente num loop incessante e torturante. A tensão, a conversa, o jeito que ele abriu a garrafa de vinho, e depois... sua mão quente em seu peito, a respiração ofegante, os lábios tão próximos que ela podia quase senti-los novamente. Mas o que a assombrava não era a rejeição em si, mas o que ela viu nos olhos de Hector nos momentos que a antecederam. Não havia falta de desejo. Pelo contrário. Havia uma guerra civil sendo travada em suas profundezas, um conflito entre o que ele queria e o que sua moralidade gritava que era certo.
Ele a queria. Essa verdade era ao mesmo tempo sua maior vitória e sua maior frustração. Ele a queria, mas alguma coisa, não, alguém: a lealdade de décadas a seu pai, era mais forte.
Com um gemido de frustração, ela se sentou na cama e pegou o celular. Albia seria sua âncora, sua voz da razão, ou talvez sua cúmplice na insanidade.
Do outro lado da