Natalie lidava com todo tipo de paciente — vítimas de acidentes, baleados, esfaqueados, pessoas em choque, à beira da morte. Como médica cirurgiã, seu trabalho era enfrentar a dor dos outros com mãos firmes e mente fria.
Mas com ele... havia sido diferente.
Não era apenas o ferimento que ela queria curar.
Era aquela expressão endurecida, o peso invisível que ele carregava, como se o mundo inteiro estivesse desabando sobre ele e ele se recusasse a permitir que alguém o ajudasse.
E, mesmo enquanto costurava sua pele com cuidado, trocando as ataduras, cada centímetro daquele corpo machucado parecia gritar por socorro — um socorro que ele jamais pediria.
Natalie fechou os olhos por um momento, sentindo a frustração crescer.
Ela não podia se envolver. Já tinha cruzado essa linha antes, confiando demais, se importando demais, e tudo o que restou foram cicatrizes.
Ele era perigo. O tipo de homem que deixava destruição por onde passava.
Ela sabia disso no fundo da alma.
Mas, mesmo assim, a im