O som dos passos de Natalie ainda ecoava na cabeça de Alejandro mesmo depois de ela sair do quarto. Ele ficou parado ali, imóvel, como se o mundo tivesse congelado por alguns segundos.
A toalha ainda enrolada na cintura, a pele úmida, o peito arfando — mas não era do banho. Era da angústia.
Ele passou a mão no rosto, fechou os olhos por um instante e então andou até a cômoda. Pegou o celular, desbloqueou e leu a maldita mensagem.
"Lorena."
Aquela palavra parecia suja agora. Insignificante, mas destruidora.
Ele foi até a lista de contatos, abriu o nome e, por um momento, se perguntou como aquilo ainda estava ali. Como eu não apaguei isso? Era automático, impessoal, algo que devia ter feito anos atrás. Porque aquela mulher… aquela noite… não significou nada. Nada.
Abaixou a cabeça. Apertou os olhos. E só pensava em uma coisa: Natalie precisava ouvir a verdade. Toda ela.
Saiu do quarto com pressa. Encontrou-a na sala, sentada no sofá, de costas, com os braços cruzados sobre