O silêncio que tomou conta da cozinha era tão pesado quanto as palavras que Malu tinha acabado de soltar.
Alejandro olhava fixamente para Natalie, o maxilar travado, as sobrancelhas franzidas em pura desconfiança, enquanto ela desviava o olhar, tentando raciocinar em meio ao turbilhão que acabara de se formar.
Natalie balançou a cabeça, a voz ainda fraca do mal-estar, mas com a teimosia de sempre:
— Isso é impossível. — Disse, firme, cruzando os braços diante do corpo, como se quisesse se proteger das palavras e dos olhares.
Malu arqueou as sobrancelhas, o olhar experiente pousando nela com aquela expressão de "eu sei mais do que você quer admitir".
— Impossível? Você quer mesmo me convencer disso, Natalie?
Natalie soltou o ar, massageando as têmporas.
— Eu tô saindo de um trauma, quase morri… Eu tô tomando remédio, meu corpo tá todo bagunçado, deve ser isso. Estresse, alimentação ruim, ansiedade.
Alejandro continuava em silêncio, mas se aproximou, a presença dele quas