O turno tinha sido puxado, mas nada que se comparasse ao que Natalie tinha enfrentado nas últimas semanas. Ainda assim, enquanto caminhava pelos corredores do hospital, sentia o corpo cansado, os ombros pesados, mas o espírito um pouco mais leve.
Ela atravessou o saguão principal, sentindo os olhares de alguns colegas curiosos. Provavelmente, os boatos já tinham se espalhado — seu sumiço repentino, o afastamento forçado —, mas ninguém tinha coragem de perguntar diretamente.
Ao sair pelas portas de vidro automáticas, o sol da tarde tocou o rosto dela, e a visão do carro preto estacionado na calçada a fez suspirar fundo.
Claro que ele estava ali.
Alejandro encostava na lateral do veículo, os braços cruzados, os óculos escuros cobrindo parte do rosto, mas o maxilar travado e a expressão rígida entregavam o humor dele.
Assim que os olhos dele encontraram Natalie, ele se descruzou, o corpo ficando imediatamente tenso.
Ela desceu os degraus devagar, sentindo o olhar dele escanear cada