O sol invadia o quarto pelas frestas das cortinas, aquecendo o lençol ainda amassado sob seu corpo nu. Natalie acordou devagar, os músculos doloridos, a pele ainda sensível ao toque como se a noite anterior estivesse impressa nela — em cada parte, em cada suspiro.
Por um momento, ela acreditou que Alejandro ainda estivesse ali. Que ouviria sua respiração calma, seu tom rouco sussurrando algo tentador. Mas não.
O outro lado da cama estava vazio. Frio.
O travesseiro ao lado carregava apenas um bilhete.
Suas mãos hesitaram antes de tocá-lo. Sabia que aquilo carregaria mais do que palavras — carregaria peso. E quando seus olhos dançaram pelas linhas escritas, o ar saiu de seus pulmões como um soco.
"Eu deveria me arrepender por ter tocado você como toquei... mas não consigo.
Porque foi real. Cada segundo em que você se entregou a mim, cada gemido abafado, cada vez que seus olhos me imploraram por mais... tudo isso está marcado em mim agora.
Você pode fingir que foi um erro, N