Ela abriu a boca para falar, mas antes que pudesse dizer algo, ele cobriu seus lábios com a mão. O rosto dele se aproximou, tão próximo que Florence conseguia sentir o calor de sua respiração. Sob a luz da lua, os traços profundos de Lucian pareciam ainda mais marcantes, e seus olhos escuros, como um abismo sem fim, exalavam perigo e uma aura de domínio.
Florence tentou puxar a mão dele com força, mas ele permaneceu imóvel, inabalável. Ela o encarou irritada e, sem pensar duas vezes, mordeu os dedos dele.
Lucian apenas franziu as sobrancelhas, mas não a soltou.
Do lado de fora, no corredor, duas vozes começaram a se aproximar.
— Quem está aí?
— Será que é a Florence roubando alguma coisa? Mais cedo ela ligou pedindo comida. No meio da noite, nem deveria se atrever. Ela acha mesmo que tem esse direito?
Roubar? Esse era o lugar que Florence ocupava na família Avery. Para eles, ela não tinha nenhum direito. Qualquer coisa que pegasse era vista como roubo.
Os dentes de Floren