Os olhos de Cecília estavam vidrados nos de Fellipo, cheios de terror, confusão e dor.
Seus lábios trêmulos tentaram formar palavras, mas só um sussurro saiu:
— Me protege...
Fellipo sentiu o coração se partir.
Ela piscou algumas vezes, os olhos cheios de lágrimas que começaram a rolar pelo rosto machucado.
— Não solta minha mão... — sua voz era fraca, mas cheia de desespero.
Fellipo segurou o rosto dela com delicadeza, os polegares limpando as lágrimas, mas sem sucesso, porque agora as dele também estavam caindo.
— Eu tô aqui, meu amor. Eu tô aqui.
Ela soluçou, os ombros tremendo, e tentou se encolher, mas sentiu dor e gemeu baixinho.
O coração de Fellipo quase parou.
— Shhh, calma, calma... — Ele deitou a testa contra a dela, fechando os olhos, sentindo a respiração fraca dela contra a sua pele.
— Eu te amo, Cecília. Eu nunca mais vou deixar você sozinha. Nunca mais.
Cecília fechou os olhos por um segundo, buscando forças para falar, mas quando abriu novamente, o medo ainda estava lá