O céu começava a ganhar tons alaranjados enquanto o vento leve da Toscana dançava entre meus cabelos. Sentada na beirada da colina, com os joelhos encolhidos e os braços envolvendo as pernas, eu observava o pôr do sol tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos que havia se tornado meu coração.

Aron se sentou ao meu lado em silêncio, oferecendo uma barra de chocolate. Peguei com um meio sorriso, grata por aquele gesto simples que, vindo dele, significava mais do que palavras. Ficamos em silêncio por alguns instantes, apenas ouvindo os sons distantes da natureza, como se o tempo tivesse desacelerado para nos deixar respirar.

— Você ainda o ama, não é? — Aron perguntou, sem rodeios, a voz baixa, mas carregada de uma sinceridade que me tocou fundo.

Suspirei. — É mais do que amor, Aron. Eu sinto como se... como se ele fosse uma parte de mim. E cada vez que ele me olha daquele jeito frio, é como se ele arrancasse um pedaço do que eu sou.

— Salvattore é um covarde. — Ele disse sem he