A noite estava escura e úmida quando Lorenzo e eu voltamos para casa. O silêncio entre nós era carregado, não de tensão, mas de algo mais perigoso. Admiração. Respeito. Um jogo de poder que nenhum de nós queria perder.
Lorenzo dirigia com a expressão impassível, os dedos longos e firmes no volante. Eu observava a cidade através da janela, sentindo a adrenalina ainda pulsando nas minhas veias depois do que aconteceu no galpão.
— Rizzo estar vivo muda tudo — murmurei, quebrando o silêncio. Lorenzo não desviou os olhos da estrada.
— Muda, sim. Mas não o suficiente para me assustar.
Sorri de lado.
— Não disse que você deveria ter medo. Mas deveria estar preparado. Ele soltou um riso baixo.
— Você tem uma péssima mania de me dizer o que fazer, piccola.
Cruzei as pernas, o vestido subindo um pouco na minha coxa. O olhar dele desviou por um segundo antes de voltar à estrada.
— Alguém precisa garantir que o Rei não tome decisões estúpidas.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— E você se