O sol invadia o quarto através das cortinas semiabertas, tingindo os lençóis de um dourado suave. Meu corpo ainda estava colado ao dele, a respiração de Lorenzo quente contra minha nuca. Por um instante, permiti-me simplesmente existir naquele momento, absorvendo a sensação rara de segurança e pertencimento.
Mas não me enganei.
A noite passada não apagava tudo o que aconteceu antes.
Desvencilhei-me devagar, tentando não acordá-lo. A liberdade durou pouco—um braço forte me puxou de volta para a cama.
— Tentando fugir, piccola?
A voz rouca e sonolenta fez um arrepio correr pela minha espinha. Me virei para encará-lo. Lorenzo De Luca estava deitado de lado, os olhos semiabertos e um sorriso preguiçoso nos lábios. Era desarmante vê-lo assim, sem a máscara de frieza que ele sempre carregava.
— Só preciso tomar um banho — menti.
— Hm.
Ele não me soltou. Pelo contrário, os dedos deslizaram pelo meu braço nu até minha cintura.
— Dorme mais um pouco — murmurou, puxando-me contra ele.
— Você nu