O cano frio da arma pressionado contra minha têmpora fazia cada segundo parecer uma eternidade. Catarina mantinha um sorriso cruel nos lábios, e seus olhos estavam repletos de uma satisfação sádica. Lorenzo estava imóvel, os punhos cerrados, os músculos retesados como um animal prestes a atacar.
— Onde está o meu filho? — minha voz saiu baixa, controlada, mas repleta de um ódio que queimava em minhas veias.
Catarina inclinou a cabeça levemente, como se saboreasse meu desespero.
— Em breve, você não precisará mais se preocupar com ele.
Minha mente fervia. Eu precisava pensar rápido. Catarina sempre foi manipuladora, sempre um passo à frente. Mas dessa vez, eu não podia permitir que ela ganhasse.
E então, percebi algo.
Ela não planejava nos matar ali.
Se quisesse, já teria puxado o gatilho.
Ela queria nos fazer sofrer primeiro.
Respirei fundo, tentando manter o controle.
— Você acha que pode fugir disso? Que pode simplesmente desaparecer com meu filho e que Lorenzo e eu vamos aceitar is