O sol começava a iluminar o horizonte, marcando o início de um novo dia. Maya, mesmo apreciando a ideia de ficar mais um tempo na cama, sabia que teria um dia longo pela frente. Vários pacientes aguardavam na clínica, e suas responsabilidades a chamavam. Com um suspiro, ela desceu para tomar café da manhã. Seus pais, cientes da natureza reservada de Maya, pareciam entender que tocar no assunto dos gêmeos como companheiros estava fora de questão. Como se houvesse um acordo tácito entre eles, a manhã transcorria em um silêncio respeitoso. Maya sentia uma profunda gratidão por isso; a complexidade de suas emoções ainda não tinha encontrado espaço para ser discutida. Após um café da manhã rápido, Maya dirigiu-se à clínica. As ruas estavam começando a ganhar vida, e o aroma fresco da manhã envolvia-a enquanto ela se dirigia ao local onde tantas necessitando de cura e cuidado esperavam por ela. Enquanto caminhava, a mente de Maya vagava, e ela se perguntava onde Mia poderia ter se metid
Uma apreensão toma conta de Maya, e uma onda de pensamentos inquietantes invade sua mente. Nem nos seus sonhos mais ousados ela havia imaginado ser a Suprema Luna. Embora tenha nutrido uma paixão pelos gêmeos desde a infância, ela ignorou ou deliberadamente evitou considerar o fato de que, sendo eles os Supremos Alfas, sua companheira se tornaria a Suprema Luna.Agora, diante da realidade que se desenrola, Maya questiona a si mesma se será forte o suficiente para liderar ao lado dos gêmeos no mundo sobrenatural. Dúvidas surgem sobre sua capacidade de travar lutas para defender seu povo quando necessário. Ela se pergunta se poderá enfrentar as responsabilidades que acompanham esse novo papel, liderando não apenas como companheira, mas como uma figura central e respeitada na alcateia.Enquanto permanece sentada ao lado de Mia, os pensamentos tumultuam em sua mente, criando um fio de ansiedade. A jornada de Maya para descobrir seu lugar no mundo sobrenatural se torna mais complexa, e o d
O escritório dos supremos alfas era um refúgio silencioso e imponente, um lugar onde as decisões eram tomadas e os destinos moldados. No entanto, enquanto Caio e Carlos debatiam estratégias, alheios à tempestade que se aproximava, a atmosfera era tensa. A forte atração entre os gêmeos e Maya, outrora ignorada, agora se tornava impossível de negar. A conexão intensa que compartilhavam com Maya os impulsionava a buscar um recomeço, mas o desafio à frente era monumental.Confrontando seus próprios erros, os gêmeos admitiam, com uma honestidade brutal, as falhas do passado. Desrespeitaram e humilharam Maya, deixando marcas que agora pareciam insuperáveis. A consciência da gravidade de suas ações passadas pesava sobre eles, e a incerteza do futuro pairava como uma sombra."Somos os supremos alfas. Isso deve contar para alguma coisa," afirmou confiantemente Carlos, tentando encontrar uma saída para a situação delicada.Caio, por sua vez, suspira, lançando um olhar de descrença para o irmão:
O ar na sala torna-se denso, carregado com a ameaça iminente. Maya sente a intensidade do momento, sua mente girando enquanto tenta compreender a gravidade das palavras dos gêmeos. A tensão a assusta, e ela não pode deixar de se perguntar o que aquela ameaça poderia significar para ela e para aqueles que ama.Com os olhos fixos em Carlos, ela pergunta com voz trêmula:"O que querem dizer com isso?"Carlos, com um sorriso cruel, responde:"Iremos tornar você e todos que ama párias do mundo sobrenatural. Serão piores do que vampiros desgarrados ou lobos desonestos, condenados a viver entre os humanos para sempre."A ameaça ecoa na sala, fazendo com que Maya sinta um calafrio percorrer sua espinha. O corpo dela treme de raiva, mas ela se mantém desafiadora:"Não acredito que fariam isso com meus pais, tia Ella e tio Nolan..."Antes que ela possa terminar, Caio a interrompe com um tom frio:"Sim, nossos pais odiariam, mas não podem fazer nada. Acha mesmo que temos medo da nossa mãe, Maya?
Maya retorna para clínica e para o seu desespero as horas parecem voar, e por mais que ela tente não pensar no assunto ela sabia que teria que se mudar naquele dia para a casa dos gêmeos e ela sabia o que aconteceria então.Mas o que realmente incomodava Maya era o fato de no fundo ela estar ansiosa pela noite, no fundo ela queria ser a luna dos gêmeos, mas isso a incomodava pois mesmo depois de tudo que fizeram com ela, mesmo assim eles eram na verdade quem ela sempre amou, agora ela sabe porque nunca dormiu com Justin, ela pensava que era porque não estava preparada ou porque tinha medo de encontrar seu companheiro depois, mas na verdade era porque Justin não era Caio e Carlos.O dia de serviço acaba e Maya se vê caminhando para casa, e se depara com o pai e a mãe à sua espera com expressões preocupadas."Filha, os gêmeos mandaram alguém vir pegar suas coisas, tentamos impedir, mas eles deram um comando alfa", esclarece Mirella.Ao ver a preocupação estampada nos rostos de seus pais
Carlos, com o corpo já colado ao de Maya, provoca:"O que foi, até parece que nunca fez isso antes."Ao ver a forma como o restante do rosto de Maya cora, Carlos se afasta um pouco, perguntando entre surpreso e satisfeito:"Você nunca fez, né?"Maya se vê em uma encruzilhada, mas sabe que não seria prudente mentir sobre isso. Levantando o queixo, diz desafiadora:"Não sou promíscua como vocês. Eu estava ocupada estudando, e depois não tinha encontrado a pessoa certa."Caio, feliz com a notícia, pergunta:"E seu namorado humano, por quem você diz ser apaixonada, não era a pessoa certa?"Maya, no fundo, sabe que a resposta para essa pergunta é não. As pessoas certas sempre foram Caio e Carlos, mas ela morreria antes de admitir isso. Então, ela responde, mantendo o desafio em seu olhar:"Sim, ele era, porém ele é um cavaleiro e não apressou as coisas."Os gêmeos trocam olhares, conscientes de que terão que ir com calma dadas as circunstâncias. No entanto, também estão satisfeitos por ser
Justin permaneceu imóvel em seu esconderijo, as sombras dançando ao seu redor enquanto a notícia ecoava em sua mente como um trovão perturbador. Seus olhos, intensos e brilhantes, estavam fixos na imagem do corvo, a criatura escura que servia como seu olheiro entre os mundos sobrenaturais. O eco estridente de suas palavras reverberava na mente de Justin, transformando o silêncio do esconderijo em um tumulto de pensamentos sombrios.Maya, sua Maya, estava ligada aos supremos alfas. A revelação golpeou Justin como um raio, injetando veneno em seu coração já corrompido pela sede de poder. O corvo, seu mensageiro do além, havia testemunhado cada passo dela em direção à casa dos malditos supremos. Ele viu sua determinação, sua coragem em enfrentar aqueles que detinham o poder supremo entre os seres sobrenaturais.Uma faísca de esperança queimava dentro de Justin enquanto observava a cena através dos olhos do corvo. Ele se agarrou a essa centelha, acreditando que Maya resistiria aos supremo
Há séculos, quando a deusa da lua decidiu criar os seres sobrenaturais, uma de suas criações se desviou perigosamente do caminho da benevolência. Salazan, um bruxo poderoso agraciado com a magia lunar, provou ser uma criação falha, um desvio sombrio nos planos da deusa da lua para equilibrar o mundo mágico. Inicialmente, Salazan fora dotado de habilidades mágicas extraordinárias, alimentadas pela luz da lua. No entanto, sua ambição desmedida o levou a explorar as trevas mais obscuras existentes. Seu desejo por poder tornou-se uma chama insaciável, consumindo qualquer resquício de bondade que existisse em seu coração. O bruxo lunar começou a buscar formas de subjugar os outros seres mágicos e, até mesmo, os humanos, para satisfazer seus próprios desejos sádicos. Ele queria controlar, manipular e usar aqueles que estavam sob seu poder de acordo com seus caprichos cruéis. Sua cede por maldade e poder crescia a cada dia, como uma sombra que se espalhava, obscurecendo a luz que antes em