O salão de reuniões estava iluminado pela luz fria dos lustres de cristal. Sentada à mesa, de frente para um grupo de diretores e acionistas, eu mantinha a postura impecável, os ombros retos, as mãos cruzadas sobre os documentos que eu mesma havia preparado.
À minha frente, Thomas Montserrat se reclinava em sua cadeira de couro preto, a expressão de quem estava prestes a se divertir às minhas custas.
Maldito.
— Então, senhorita Harper… — Ele começou, com aquela entonação casualmente arrogante que fazia meu sangue ferver. — Deixe-me ver se entendi. Acredita que pode salvar a minha empresa?
Cruzei as pernas e inclinei levemente a cabeça para o lado, sustentando seu olhar com firmeza.
— Se não acreditasse, não estaria aqui.
A sombra de um sorriso brincou no canto de sua boca.
— Interessante. Porque eu ainda não estou convencido.
Revirei os olhos, recostando-me na cadeira.
— E desde quando a sua opinião importa?
Houve um breve silêncio na sala, enquanto os diretores e acionistas trocavam