A cidade nunca pareceu tão barulhenta.
Assim que entramos no saguão da Montserrat Enterprises, a sensação de leveza que eu tinha desde o fim de semana se dissolveu como gelo ao sol. O som das teclas, dos saltos apressados, dos telefones tocando. Tudo parecia... fora de sintonia. E eu sabia por quê.
Eric estava me esperando com o rosto pálido e os olhos arregalados.
— Ele fez, Thomas — disse, antes mesmo de me dar bom dia.
— O que ele fez?
Eric apenas estendeu o tablet.
Na tela, o rosto de Damon estampava uma capa de revista de negócios. A manchete?
"A VERDADE SOBRE A MONTSSERRAT: FUI SILENCIADO PELO MEU PRÓPRIO IRMÃO"
Meus olhos correram pelas palavras afiadas como navalha. Ele me acusava de ter manipulado o conselho para excluí-lo da empresa e dos lucros. Dizia que eu agia como ditador. Que a Montserrat se tornara um reflexo da minha vaidade.
Meu sangue ferveu.
— Filho da...
Senti Savannah colocar a mão no meu braço. Calma. Firme.
— Thomas, respira — ela disse, com a voz baixa, como