Se alguém me dissesse há dois meses que eu estaria aqui, nesse exato lugar, ao lado de Thomas Montserrat, eu provavelmente teria rido. Com desprezo, cansaço... e uma dose generosa de incredulidade. Mas ali estava eu, de pés descalços em uma varanda de pedra antiga, o vento da Toscana dançando entre os fios do meu cabelo, o cheiro de lavanda e uva se misturando no ar quente do fim da tarde… e o som de Thomas rindo na cozinha atrás de mim, tentando — e falhando miseravelmente — preparar bruschettas como um local.
Ele disse que queria cozinhar para mim. Cavalheiro italiano de ocasião. Eu disse que se ele não fosse um CEO, provavelmente seria um desastre no MasterChef. Ele respondeu que não se importava em queimar o pão, desde que eu o comesse com aquele meu sorriso condescendente que me fazia parecer uma deusa romana julgando os mortais.
E eu sorri mesmo.
Fechei os olhos por um segundo, deixando o calor tocar meu rosto. A casa que ficamos hospedados era isolada, cercada por colinas e vin