A manhã amanheceu tensa, mas iluminada. Era como se o sol soubesse que, finalmente, a verdade estava prestes a rasgar as sombras que pairavam sobre o nome Bragança.
Luna segurava a pasta com os documentos retirados do cofre de Vicente Vilar como quem carrega uma arma sagrada. Dentro dela estavam as provas irrefutáveis que poderiam não só destruir os últimos resquícios de poder dos antigos conspiradores, como também limpar de uma vez por todas o nome de sua mãe.
Leonel estava ao lado, impecavelmente vestido, mas com o olhar firme de um homem pronto para a batalha. Rafael, com o ombro ainda enfaixado, fazia os últimos ajustes no material audiovisual para ser entregue à polícia e à imprensa.
— Depois disso, não há mais volta — disse Leonel, passando a mão pela nuca. — Vicente vai cair. Mas ele vai levar muitos com ele.
Luna inspirou fundo.
— Então que leve. Chega de meias-verdades. Chega de medo.
Ao chegarem à Delegacia Federal, foram recebidos com discrição. O delegado responsável pelo