A porta do escritório se abriu lentamente, e ali estava ele — Augusto Bragança, o homem cuja sombra pairava sobre a vida de Leonel desde sempre. Os olhos do patriarca, cansados, mas ainda imponentes, encontraram os de seu filho com uma mistura complexa de culpa e esperança.
Leonel permaneceu firme, ereto, os punhos cerrados sobre a mesa. Luna, ao seu lado, apertou discretamente a mão dele, enviando força silenciosa.
Augusto engoliu em seco, seus passos ecoando no silêncio da sala.
— Leonel... — a voz saiu rouca, trêmula. — Eu... eu não sei nem por onde começar.
Leonel inclinou o corpo para frente, olhos faiscando.
— Comece dizendo por que desapareceu da minha vida. Por que me deixou sozinho, enquanto construía um império e destruía uma família.
Augusto suspirou, ajeitando o paletó.
— Erros. — disse, simples, quase sem defesa. — Muitos erros. Falhas que me perseguem todos os dias.
Ele olhou para Luna, depois voltou para o filho.
— Vim aqui porque soube da sua gravidez. Soube que vai te