Redenção - Segunda Chance ao Amor

Redenção - Segunda Chance ao AmorPT

Romance
Última actualización: 2025-08-05
Zana Kheiron  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Zoe se casou com o homem que parecia o Príncipe Encantado, Hayden, mas não demorou muito para que ela descobrisse que ele a odiava. Após muitas humilhações, Zoe finalmente decide que quer se divorciar e seguir seu próprio caminho. Infelizmente, o destino tinha outros planos para ela, fazendo com que um carro a atingisse de frente. Desorientada, Zoe acorda apenas para perceber que havia voltado no tempo. O Universo lhe deu uma segunda chance! "Desta vez, não vou deixar você me destruir, Hayden Javernick!", diz ela para si mesma, determinada a fazer de tudo para se manter longe do homem que não a valorizou e a atormentou. Mas esta nova mulher, forte e determinada, além de fria, aquecerá o coração de Hayden. Será esta a nova chance de Zoe mudar as coisas, ou ela se envolverá novamente com o homem que destruiu seu coração um dia?

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Capítulo 1

Capítulo 01

“Hayden Javernick! Você é casado, como pode anunciar noivado com essa mulher?” Zoe apontava o dedo para o marido, que estava no palanque. 

Hayden desceu furioso, mas ainda mantendo a compostura. Ele fez sinal para os repórteres, indicando que falaria depois com eles, e se aproximou de Zoe. 

Assim que chegou perto o suficiente, a segurou pelo braço e a levou para longe dos olhares alheios. Eles entraram por uma porta e Hayden a soltou com força, fazendo com que Zoe caísse ao chão. 

Ela levantou os olhos e foi até ele, de joelhos. 

“Hayden, eu sou a sua esposa!” Zoe reclamou, segurando-se no braço do marido, ajoelhada no chão. Ele a olhou com desprezo e um sorriso sinistro surgiu em seus lábios. 

“Esposa?”, ele sacudiu o braço e se inclinou em direção à chorosa Zoe, segurando-lhe o queixo, em seguida. “Você não passa de uma mulherzinha que não merece respeito!” 

Zoe engoliu a saliva, enquanto os lábios tremiam. 

“Por quê? Você disse que me amava, nos casamos… E então…”

Hayden voltou a se endireitar, olhando para um ponto acima da cabeça de Zoe, como se a evitasse.

“Amar você?” ele soltou uma risada de desdém. “Zoe Fleming. Que nojo! Eu jamais poderia amar uma criatura como você!” 

Zoe recuou a mão, que ainda estava no ar, tentando alcançá-lo, e levou-a ao peito. 

“Você mentiu…” o olhar dela era de pura traição, enquanto sacudia a cabeça de um lado para o outro. “O que eu fiz pra você me tratar assim?” 

Hayden se levantou, dando as costas a Zoe, com as mãos nos bolsos da calça. 

“É, menti. E daí?” ele se virou e a encarou. “Ao menos eu não sou assassino, como você!” 

Se Zoe não estivesse já no chão, ela teria caído com o impacto daquelas palavras. 

“O-O que você disse?” ela perguntou, ainda sem acreditar. “Assassina? Do que… O que…?”

Hayden já não aguentava mais fingir que não sabia, que era ignorante ao que Zoe havia feito. Ele se aproximou dela em duas passadas e enfiou as mãos nos cabelos escuros de Zoe, levantando-lhe a cabeça a fim de que ela o encarasse. 

“Chega de joguinhos, sua maldita! Você matou o meu irmão! Se aproximou dele por dinheiro e então, o matou naquele incêndio!”

O cérebro de Zoe não conseguia raciocinar direito. Incêndio? Três anos antes, ela havia se envolvido em um incêndio, no qual muitos morreram, inclusive o amigo dela, Willard, ao salvá-la. 

“Eu não… Nunca me aproximei de ninguém por dinheiro…” ela falava mais para si mesma e então, olhou diretamente nos olhos de Hayden. “É isso o que pensa de mim? E… eu nunca matei ninguém!”

Hayden urrou de raiva e a soltou. Ele não era um homem violento, muito menos com mulheres, mas Zoe estava testando-o! Ela não era uma pessoa comum aos olhos dele, mas sim quem havia causado a morte do único irmão dele. Uma mentirosa, gananciosa, assassina! 

Ele deu alguns passos para longe, os olhos injetados de ódio. 

“Você iniciou aquele incêndio. Matou várias pessoas com a sua inconsequência! Meu irmão, um bobo apaixonado, foi atrás de você e acabou morrendo! Enquanto você…”  ele a olhou com desprezo, de cima a baixo. “Está aqui. Ainda seduzindo homens por dinheiro. Ainda armando esquemas para pisar nos outros e se dar bem!”

Zoe balançou a cabeça e então, abriu um sorriso, o peito inflado de raiva. 

“Como pode me acusar disso? Quando você acaba de anunciar o seu noivado com aquela víbora?” 

“Víbora é você! Barbara é uma boa mulher, mais uma das suas vítimas!” 

“Vítima?” dessa vez, Zoe se levantou, enxugando as lágrimas. “Conheço essa mulher desde a faculdade e ela está longe de ser uma vítima!” 

“Você a perseguia, lá!” 

“Eu?” Zoe riu, dessa vez. “Por acaso você perguntou pelo campus o que a sua preciosa Barbara fazia? Como ela tratava os outros?” Zoe se aproximou de Hayden e, pela primeira vez, ele viu algo nos olhos dela que estava longe de afeto. Mesmo durante os poucos episódios de briga dos dois, sempre havia amor ali. “Hayden Javernick, você é um imbecil!

Hayden apertou os punhos. 

“Zoe!” 

Ela olhou para a própria mão e arrancou dali a aliança de casamento, jogando-a no chão. 

“Eu aturei todos os seus rompantes, a sua indiferença, mas eu achei que era o estresse do trabalho. Eu jamais imaginaria que era você me culpando por algo que eu não fiz!” 

“Para de mentir!” ele se aproximou dela, mas Zoe se manteve no lugar. 

“Eu tenho a consciência limpa!” 

“Uma pessoa morreu pra te salvar… Consciência limpa? Como consegue dormir todos os dias, heim? Alguém morreu por você!” 

Sim, Zoe se sentia mal todas as vezes que pensava naquilo. Willard era um bom homem, um bom amigo e que não merecia ter morrido. Mas a culpa não era dela. 

“Ele era o meu irmão. Willard era o meu irmão mais novo! E, se fosse só pra te salvar, eu não poderia te culpar,” a expressão de Hayden escureceu. “Só que você provocou tudo. Você!” 

“E como diabos eu fiz isso? Se, como você diz, eu sou uma mulher gananciosa e que estava atrás do dinheiro do seu irmão, qual o motivo de eu querer matá-lo?” Zoe engoliu a saliva com dificuldade. “Se eu quisesse o dinheiro dele, teria aceitado namorar com ele!” 

Hayden ficou com ainda mais raiva. Durante aquele tempo, todas as vezes que Zoe mencionava o amigo, ela se referia a ele assim, nunca admitiu que o namorou. Mas Hayden sabia que era mentira, porque o próprio Willard deixava claro que tinha uma namorada, Zoe Fleming. 

“Eu quero o divórcio, Hayden. E aí, você pode se casar com Barbara, ou com quem quer que seja!” 

“Divórcio? E pra onde vai? Seus pais já não estão mais aqui, você não tem um tostão!”ele riu. “Você, Zoe, depende de mim para tudo!” 

“Eu abdiquei de tudo por você! E meus pais… Não os mencione!” 

“A morte deles também está na sua conta, sabia disso?” 

Zoe franziu o cenho. 

“Do que está falando?” 

“Eles não se mataram por a empresa deles ter falido? Terem ficado na ruína? Então…” Hayden olhou bem nos olhos de Zoe. “Se eles não tivessem uma filha tão ruim como você, por qual motivo eu teria mexido os pauzinhos para que eles fossem à ruína?” 

As palavras de Hayden foram como facadas no peito de Zoe. 

“Hayden?” era Barbara, do outro lado. A voz suave dela fez Zoe torcer a boca em uma careta. 

“Só um momento, Barbara!” ele respondeu e Zoe usou esse momento de distração dele para correr para a porta dos fundos e sair dali. 

Hayden sabia que Zoe não tinha para onde ir. 

‘Depois eu me entendo com ela!’ 

E assim, ele voltou para a festa e ficou ao lado de Barbara. 

Não é que ele gostasse da mulher, mas ela era uma amiga da família e ele pediu a ela que o ajudasse a magoar Zoe. Hayden havia contado a ela sobre o motivo de tratar tão mal a esposa, quando Barbara o questionou, após deixar Zoe sozinha no aniversário dela, para sair e beber com Barbara. 

No entanto, ele não sabia que Barbara estava mais do que contente. Ela odiava Zoe. Poder pisar na moça e, ainda, ter a chance de conquistar Hayden e tornar-se a senhora Javernick? Era como um sonho se tornando realidade! 

Enquanto isso, Zoe saiu dali sem rumo. Ela estava andando desorientada, na chuva, quando um carro quase a atropelou assim que ela tentou atravessar para o outro lado. O veículo parou bem a tempo, mas Zoe caiu e se machucou no asfalto. 

A porta do carro se abriu e um homem desceu. Ela não conseguia ver muito bem, pois os faróis do veículo a cegaram, além da chuva que não ajudava em nada. 

“Senhorita!” uma voz masculina soou e Zoe teve a impressão de reconhecê-la. “Zoe?” 

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