Capítulo 05

Zoe sorriu e começou a caminhar. A última vez que ela os tinha visto tinha sido antes do casamento com Hayden. Depois disso, ela atendia ligações eventuais, principalmente quando o marido estava próximo. Só então Zoe se deu conta de como ele foi canalha, usando de manipulações psicológicas para que ela se sentisse culpada ao falar com os pais dela, já que ele era o bonzinho e, os pais dela, os vilões. 

“Mãe, pai!” ela disse e correu até eles, abraçando-os e beijando-os. 

“Oh! Nossa menina acordou tão amorosa!” Sofia exclamou, sorridente. “Sente-se, meu amor, vamos comer.”

Zoe sentou-se alegremente. O coração dela estava mais do que aquecido e ela agradeceu aos céus por receber uma segunda chance! Dessa vez, ela seria uma filha melhor! 

O café da manhã passou e logo, Zoe foi para a garagem e entrou no Volvo XC60 prata dela e dirigiu para a faculdade. Ela tinha que manter-se em alerta para não dar muita conversa para Willard. A ideia era ser gentil e educada, no máximo, porém, nada de amizades profundas. Foi essa amizade que resultou em todo aquele mal-entendido que a fez sofrer e, depois, perder a vida. 

No estacionamento, Zoe recolheu o material dela, pegou a bolsa e saiu do veículo. O dia estava ensolarado e ela sorriu. Era incrível como coisas tão simples como os raios de Sol num início de dia podiam ser tão especiais! 

‘É bom estar viva e poder recomeçar!’

Um Mercedes-Benz S 560 L preto estacionou não muito longe de Zoe e ela sabia de quem era aquele veículo. Ela engoliu em seco e tentou sair dali o mais rápido possível, porém, não foi ágil o suficiente. 

“Zoe!” ela ouviu Willard chamando por ela e apertou os lábios. 

‘Posso fingir que não ouvi!’, ela pensou e continuou andando, no entanto, Willard tinha pernas compridas e rapidamente a alcançou. 

“Zoe! Nossa, tô chamando você!”, ele disse, sorridente. Como ela não vou as semelhanças tão óbvias? Não era só o cabelo castanho no mesmo tom e os olhos âmbar, mas os traços! Os dois eram quase gêmeos! 

‘Eu nunca vi o Willard com olhos apaixonados…’, ela tentou se justificar e respirou fundo. 

“Oh, eu não tinha ouvido, desculpe!”, Zoe disse com a maior cara-de-pau e colocou uma mecha dos cabelos atrás da orelha. “Eu tenho que ir, Willard. Minha classe já vai começar!”

“Ah, certo! Zoe!”, ele a chamou quando ela já estava se afastando. “Quer almoçar comigo?” 

As bochechas de Willard ficaram mais vermelhas e ela mordeu o lábio. Zoe se sentiu culpada por tentar se afastar de Willard, quando ele não tinha feito nada de errado! 

“Tudo bem, podemos almoçar juntos,” ela falou, ainda que lá no fundo, uma voz lhe dissesse que não era uma boa ideia. “Se eu estiver livre, claro. Quer dizer, não sei se vou ter que ficar depois da aula.” 

O sorriso no rosto de Willard se apagou um pouco, mas ele assentiu. 

“Certo. Eu ligo pra você!”, ele disse, cheio de expectativas. Zoe não percebia que Willard queria muito mais do que ser amigo dela! “Boa aula!”

Zoe concordou e andou rápido para o prédio dela. Por causa de Hayden, ela tinha deixado a carreira de lado e rejeitado uma proposta incrível de trabalho. Agora, era a hora de ela mostrar o talento dela e deixar que esse fluísse. 

‘Vou ser a maior designer de moda desse país!’, ela inflou o peito. Esse era o objetivo inicial dela, que ficou de escanteio quando ela ficou com a cabeça virada por causa da paixão louca por Hayden. 

Zoe não viu, mas Barbara a observava. Ela queria Willard para ela, e Zoe, alguém que Barbara considerava inferior, estava tomando a frente na corrida pelo coração do mais novo dos Javernick!

Por conta de um acidente no meio do caminho, Hayden acabou chegando mais tarde na faculdade e, claro, as aulas tinham iniciado. Portanto, ele não pôde ver Zoe. 

HAYDEN: Will, vim para almoçarmos juntos, tudo bem?

Ele mandou essa mensagem depois de já ter passado as últimas duas horas e meia na biblioteca do campus. A resposta não foi imediata, mas ele conhecia bem o irmão mais novo para saber que a notícia não foi bem recebida. 

WILLARD: Poxa, Hay, eu já tenho planos! 

HAYDEN: Por acaso vai sair com a menina que você gosta? 

Hayden mordeu a bochecha interna. Ele esperava que Willard se encontrasse com Zoe, assim, ele teria a chance de vê-la de perto. Ele não entendia o motivo de ter sonhado com ela, mas mesmo com os detalhes faltando, a sensação de que ele precisava, desesperadamente, vê-la, era sufocante. 

WILLARD: Talvez. Se ela estiver livre, disse que vai almoçar comigo. Cara, ela é tão linda! Sério, perfeita! Se ela aceitar ser minha namorada, acho que vou ser o homem mais feliz do mundo! 

Hayden amava o irmão e torcia pela felicidade deste, porém, naquele momento, ele não queria que Willard e Zoe ficassem juntos. O sentimento de culpa caiu pesado em cima dele. 

A próxima hora pareceu se arrastar, porém, quando Willard saiu da sala de aula, Hayden já esperava por ele. 

“Você veio, mesmo!” Willard disse. “Quase não sai do seu escritório. Achei que ia furar comigo!”

Era comum Willard priorizar o trabalho e todas as questões envolvendo a empresa, e deixar a família de lado. 

“Não… eu estou disposto a mudar,” Hayden disse. Ele se sentia mudado, mesmo que ainda não soubesse o motivo daquilo. 

“Opa! Daqui a pouco vai aparecer com uma namorada! Ou uma noiva!” Willard brincou e os dois irmãos riram. Willard pegou o telefone e mandou uma mensagem para Zoe. 

ZOE: Desculpa, Willard, eu realmente não vou poder. Preciso terminar um trabalho e vou ter que ir para a biblioteca! 

Willard fez um beicinho ao ler e Hayden esticou o pescoço para ver a resposta de Zoe. Ele pegou o telefone do irmão. 

WILLARD: Sem problemas. Eu te ajudo. Quero muito te ver. 

“Hayden!”, ele reclamou. “Ela pode achar que eu fui muito… pra frente!”

“Se não disser nada, ela vai achar que você não tá interessado!”

“Como se você fosse algum expert em mulheres, não é?” 

Hayden apenas levantou as sobrancelhas. Ele era discreto, não santo! Certo, não poderia ser considerado um mulherengo, mas também não tinha feito nenhum voto de castidade! Ele, no entanto, não disse nada ao irmão, apenas esperou a resposta de Zoe. 

ZOE: Ok. 

WILLARD: Podemos almoçar e aí eu te ajudo com o dever. Refeitório? 

ZOE: Estou indo. 

Zoe estava nervosa. Algo dentro dela estava gritando, como se um perigo muito grande se aproximasse. Ela respirou fundo e se encaminhou para a lanchonete. Ela estava morrendo de fome e, se fosse se enfurnar na biblioteca, era capaz de ser expulsa pelo barulho da própria barriga roncando. 

Ao chegar no refeitório, ela não viu Willard de imediato, mas procurou uma boa mesa. Porém, quando estava prestes a colocar os cadernos ali, foi empurrada com força. 

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