Foi inevitável. Sem conseguir se controlar, ele se aproximou dela e, com a voz mais dura do que pretendia, disse:
— O que aconteceu ontem à noite não vai se repetir. Eu.... Eu perdi a cabeça, e isso não vai acontecer de novo. Pode sair com quem você quiser. Não tem nada a ver comigo.
As palavras saíram rápidas, como se ele estivesse tentando se convencer de que não havia nada de mais no que aconteceu, como se fosse uma tentativa desesperada de despersonalizar o momento, de afastar a responsabilidade de si. Mas, no fundo, ele sabia que aquilo era só um reflexo do medo que ele sentia — medo de se entregar novamente a alguém, de confiar em alguém. Ele não podia fazer isso com Alina, nem com mais ninguém.
Alina o encarou, sem dizer nada por um instante, o que fez Joaquim se sentir ainda mais desconfortável. Ela parecia analisá-lo, tentando entender se ele estava sendo sincero ou apenas se afastando. Mas, antes que ele pudesse continuar, ela desviou o olhar e, sem dizer uma palavra, entrou