O silêncio na sala pesa como se tivesse densidade própria, quase sufocante. Cada sombra parece se alongar, cada som é amplificado — o leve clique de um teclado, o arrastar de papéis, o respirando contido de quem sente o mundo girar mais devagar que deveria.
O bilhete do Da Vinci está sobre a mesa, cada letra recortada e colada com precisão obsessiva, encarando-me como um sussurro direto na minha mente. Sinto o peso das palavras, como se ele estivesse em algum canto escuro, sorrindo com prazer doentio, sempre um passo à frente. Cada passo meu parece uma cilada contida, cada respiração, um lembrete de que estou caçando uma mente que dança com a morte como se fosse um jogo.
O capitão Stuart se inclina sobre a mesa, os olhos fixos no pager enquanto digita uma mensagem.
— Precisamos do Theo — sua voz grave e firme corta o silêncio —. Ele deve confirmar se localizou o fornecedor dos equipamentos.
Em seguida, se vira para Marshall.
— Quero a localização do abrigo. Agora.
Marshall digita no te