Cada batida do meu coração carrega revolta e frustração.
Não consigo digerir o que Isabela confirmou. Ela deixou claro que reconhecia Raul. Mas, sem sua cooperação e depoimento, essa informação não vale nada judicialmente. Não são provas, não são evidências legais — ainda mais pela forma como foram obtidas. E agora, preciso encontrar uma maneira de conseguir um mandato antes que ele desapareça com tudo, antes que apague os rastros como sempre fez.
As informações do pen-drive continuam frágeis, superficiais, quase especulações. Sem uma confissão direta, sem testemunhos sólidos, não passam de linhas soltas em um labirinto que só eu insisto em enxergar. Mas não consigo abandonar a ideia de que Raul esteja no centro disso tudo. De que meu instinto sempre esteve certo, e que ignorei esse chamado por medo do impacto que traria para Eva. E do que adiantou? Agora, ela mesma está no meio desse furacão.
Até que ponto ela está envolvida — é o que mais me corrói.
Abro a porta de casa e o silêncio