Adentro a sala do Capitão, ainda perdido em pensamentos.
As informações se chocam e se encaixam na mesma velocidade, e sinto como se minha mente não conseguisse acompanhar o ritmo.
Ele fecha as persianas e tranca a porta, atendendo ao meu pedido. Kobayashi estranhou minha decisão de vir falar a sós com meu superior, mas não questionou. Ele também estava estranho quando chegamos à prisão — calado, tenso, talvez tão exausto quanto eu. Cada nova revelação parece sugar um pouco mais da nossa energia.
— Sente-se, rapaz. — Ele cruza os dedos sobre a mesa, a postura rígida e firme.
— Obrigado pelo seu tempo, Capitão.
Ele apenas confirma com a cabeça, e o silêncio que se segue pesa.
— Tenho muitas perguntas, mas sua expressão já me responde algumas — diz ele, sem rodeios. — O que você andou aprontando?
Levanto os olhos na última frase. O tom revela que ele sabe de algo. E, como se lesse meus pensamentos, ele acrescenta:
— Recebi um telefonema pouco depois que nos falamos... o que, diabos, voc