Na manhã seguinte, ao sinal do primeiro raio de sol que atinge meu rosto, sinto o sono se dissipar e minha mente ficar desperta. Ao tatear a cama, vejo que a mesma se encontra vazia. Levanto rapidamente e começo a chamar por Eva enquanto desço as escadas apressadamente.
Ela me responde com um som bem fraco e abafado.
Ao mesmo tempo que me sinto aliviado de ouvir sua voz, a tensão surge quando lembro do depósito.
— Onde você está?
— Aqui no porão.
Vejo a porta da escada entreaberta, e sigo em direção ao piso inferior. Faz muito tempo desde a última vez em que pisei aqui. E Eva também ao julgar pela quantidade de teias e poeira que consigo enxergar.
— O que você está procurando? — Pergunto genuinamente curioso.
Eva não se esforça em sair do meio das caixas, apenas me chama com a ponta dos dedos e eu me aproximo.
— Eu acordei pensando no que me disse ontem. — Ela começa— Eu não quero ficar me sentido desprotegida.
Não sei exatamente aonde ela pretende chegar, mas algo me