Clara não disse uma palavra até que a porta da sala de estar foi fechada, então ela piscou os olhos doloridos.
Quando alguém estava extremamente triste, a garganta doía.
Era assim que Clara se sentia naquele momento, como se alguém estivesse apertando seu pescoço e ela não conseguisse respirar.
Ela se sentiu desanimada por aceitar as condições de Lucas na noite passada, mas sabia que precisava assumir tudo aquilo.
Na verdade, ela entendia Lucas perfeitamente e não o culpava nem um pouco.
Se ela estivesse no lugar dele, diante da situação de ontem, pais parasitas e uma filha que não era seu sangue, deixada pela falecida esposa, qualquer um entraria em colapso.
O fato de Lucas não ter sido rude com ela já era um grande exercício de paciência.
Clara passou a noite inteira lendo documentos e pensou que, quando o Grupo Silva superasse as dificuldades, ela entregaria a empresa para Sofia.
Mesmo sabendo que Sofia ficaria extremamente satisfeita. Mas agora ela não queria mais fazer isso.
O fat