Lucas, se tivesse um amor verdadeiro, seria Lavínia.
Ela era a mulher mais inteligente e resiliente que ele já conheceu.
Portanto, depois da morte de Lavínia, ele demorou muito tempo para se recuperar, afundado em uma dor insuperável, evitando a realidade. Sentia-se cada vez mais solitário.
Foi nesse momento que Ximena entrou em sua vida.
Nos últimos anos, Lucas depositou em Ximena toda a culpa que sentia por Lavínia, todas as reparações não realizadas.
Porém, nesta noite, nesse sonho passageiro, ele sonhou com Lavínia.
Pensamentos durante o dia, sonhos durante a noite.
No sonho, Lavínia estava de bom humor, nunca histérica, apenas tristemente perguntando:
- Por que você fez isso com a Clarinha? Eu a criei, ela é minha filha.
Lucas acordou tossindo e cuspiu um pouco de sangue.
Embora fosse um homem, ele não possuía a grande sabedoria de Lavínia.
Se Lavínia ainda estivesse viva, ela nunca descontaria suas emoções em Clara.
Afinal, mesmo que a criança tivesse sido trocada, Clara era inoc