O celular tremeu em sua mão enquanto a cor desaparecia de seu rosto. Sabia exatamente quem era. Aquela voz a havia perseguido em seus piores pesadelos.
— Gunter... — murmurou, incapaz de conter o tremor em sua voz.
— Sentiu falta da minha voz, Isabel? Porque eu não parei de pensar em você, em tudo que me tirou — sua voz soando sinistra aos ouvidos de Isabel, que tremeu em sua cadeira.
Isabel sentiu como se o chão sob seus pés desmoronasse. Esta não podia ser uma ligação da prisão. Não era possível. Havia um acordo, uma condenação... ou não?
— Como...? — Tentou perguntar, mas as palavras não saíam.
— Como estou falando com minha esposa? — interrompeu Gunter, seu tom tingido de zombaria.
— Ex... eu sou... nos divorciamos, Gunter — Isabel falou com um pouco de coragem.
— Isso não é o importante. O que importa é que estou aqui e que você não vai escapar de mim — zomba com fastio— estamos casados, querida. Você não pode simplesmente me deixar. Não é assim que as coisas funcionam, ma