Tomás, com uma xícara de café na mão e olheiras que denunciavam noites longas, suspirou profundamente enquanto revisava a lista interminável de pendências. Havia progredido, sim, mas os imprevistos continuavam aparecendo como se fossem um teste constante de sua paciência.
— Ser eu é tão complicado — murmurou em voz alta, sem perceber que estava sendo observado por duas pessoas que sorriam ao ouvi-lo.
— Falando sozinho de novo? — a voz divertida de Verónica o tirou de seus pensamentos. Sua sócia, sempre impecável e com aquela energia arrebatadora, entrou no local com um sorriso. Atrás dela vinha Andreas Von Heller, seu marido, um homem alto e com uma presença imponente, mas com um ar relaxado que o tornava acessível.
— Na verdade me desabafando — respondeu Tomás, deixando o café sobre a mesa e cruzando os braços— . Isso é um caos. Se não é o DJ, são as luzes, e se não, alguma modelo que decide desaparecer justo antes dos ensaios — resmunga, as modelos às vezes não ajudam. Este era um