Dimitri sabia que sua sorte estava selada. Desde o momento em que perdeu o apoio do velho Fernando e sua filha ficou fora de combate, se converteu num alvo fácil. Seus aliados o abandonaram, os contatos que antes lhe prometiam proteção agora nem sequer atendiam seu telefone.
Naquela noite, com o boné bem puxado sobre a cabeça, caminhava rapidamente por uma rua secundária da cidade. Tinha um plano: cruzar a fronteira com um passaporte falso e desaparecer. Talvez América do Sul, talvez Ásia. Não importava onde, a única coisa que importava era sair vivo.
Mas antes de chegar ao ponto de encontro com o falsificador de documentos, seu instinto gritou que algo estava errado.
Silêncio demais.
Vazio demais.
Deu um passo para trás, pronto para correr, quando sentiu o cano frio de uma pistola na base do crânio.
—Não torne isso mais difícil, Dimitri —disse a voz de Marcelo, seca e perigosa.
Dimitri engoliu seco. Maximiliano apareceu das sombras, com uma calma cruel em seus olhos escuros.
—